Capítulo 42 Bem-vindos ao Abyss

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Algumas semanas se passaram, e novamente o alarme ecoou pela nave, um aviso de que os motores ardiam em excesso. Restava apenas buscar um planeta próximo, um refúgio onde pudessem pousar e respirar aliviados.

Logo avistaram um planeta acolhedor, onde pousaram suavemente sobre uma vasta extensão de grama alta e verde. O céu, de um azul profundo, era tão familiar que parecia terem retornado à Terra. A brisa suave e o aroma fresco da vegetação trouxeram um breve momento de paz e nostalgia para alguns, como se estivessem em casa novamente.

- Vocês vão sair? - perguntou Dayse.

- Você me conhece, para quê perguntar? - respondeu Diego com um sorriso brincando em seus lábios enquanto ajustava sua mochila.

- E tem só você nesse mundo? Eu me referia aos outros também! - retrucou Dayse.

O campo ao redor deles era uma pintura de tranquilidade, com a grama alta dançando ao ritmo do vento suave e o céu azul refletindo a calma do infinito. Os raios de sol desenhavam padrões dourados sobre a paisagem, criando um contraste perfeito com o verde vibrante da vegetação.

Diego, Liztin, Samantha, Even, e Magnus partiram primeiro, suas silhuetas destacando-se contra o horizonte enquanto caminhavam pelo campo de grama alta. Na porta da nave que estava aberta ,Kayla, Bob, Max, Bonney, e agora também John, olhavam com um misto de desejo e resignação. Os mais velhos haviam decidido que era mais seguro mantê-los na nave, especialmente depois da experiência no planeta anterior, onde ele estava em guerra.

O novo planeta, com seu céu azul sereno e campos verdes ondulantes, parecia pacífico, mas as aparências podiam ser enganosas.

- Aquilo ali é uma cidade? - apontou Liztin, com um tom de curiosidade em sua voz.

Todos olharam na direção indicada e avistaram algumas construções simples, mas acolhedoras. Decidiram se aproximar e explorar. Era uma cidade pequena, com casas de madeira espalhadas ao redor, a grama crescendo entre as rachaduras das ruas de pedra. Crianças brincavam animadamente, sem se preocupar com o mundo além de seus jogos.

Alguns homens conversavam animadamente em frente a um bar modesto, enquanto mulheres trocavam histórias e risadas em frente às casas. O som suave de um saxofone ecoava pela calçada, tocado por um homem mais velho com os olhos fechados, perdido na música.

Eles caminharam pela cidade, sentindo a atmosfera acolhedora e tranquila. Os moradores olhavam com curiosidade, mas sem hostilidade, acenando timidamente quando percebiam o olhar dos visitantes. Era um lugar simples, longe da agitação e do perigo do espaço, um refúgio de paz em meio ao desconhecido.

-Aqui é bem tranquilo, né?-comentou Magnus, observando a cena com um sorriso tranquilo.

-A alma deles é roxa- falou Even em um tom baixo para Diego.

Diego assentiu, olhando em volta para as pessoas da cidadezinha. "É interessante como as cores se manifestam de formas diferentes em cada lugar," ele refletiu, pensativo.

Magnus avistou uma barraquinha simples, feita de madeira e coberta por um tecido colorido que balançava suavemente ao vento. Sobre a barraca, algumas frutas frescas estavam dispostas em cestas de vime, exalando um aroma doce e convidativo. Ele se aproximou e pegou uma pera, lembrando-se que cada planeta tinha uma forma de pagamento diferente , algo que o grupo ainda estava se acostumando , visto que eles antes só iam nas colônias de Energion.

- Por quanto é a pera? - perguntou Magnus

- Isso é comida - respondeu o vendedor, um homem de aparência simpática.

Magnus franziu o cenho, sem entender a resposta.

- Sim, eu sei que isso é comida - respondeu ele, um pouco confuso.

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