Capítulo 60 Dois homens e uma bebê

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Bills olhou ao redor da casa, avaliando o que precisavam mudar para acomodar Even de forma adequada. As lembranças do tempo que passou sozinho ali tornavam o lugar um pouco sombrio e sem vida.

- O que precisamos mudar? - perguntou Bills, mais para si mesmo do que para Samuel.

Samuel, observando o berço improvisado feito de almofadas e cobertores no canto da sala, respondeu imediatamente.

- Precisamos de um berço de verdade para ela, algo seguro e confortável.

Bills assentiu, se lembrando de um quarto que estava vazio na casa. Ele andou até lá, abrindo a porta que rangia levemente. As janelas estavam fechadas, e uma camada de poeira cobria tudo. O ambiente era escuro e pouco convidativo, cheio de móveis velhos e caixas empilhadas.

Samuel, que o seguiu, deu uma olhada ao redor e comentou:

- Este quarto está em um estado deplorável. Precisamos renovar a pintura, abrir essas janelas para deixar a luz entrar, e dar uma boa limpeza. Além disso, vamos precisar de móveis novos, especialmente para ela.

Bills passou a mão por uma mesa empoeirada, deixando um rastro limpo na superfície.

- Você está certo. Vamos precisar de bastante coisa. Mas acho que podemos transformar este lugar em um quarto bonito para Even.

Eles começaram a listar mentalmente as coisas que precisariam fazer. Bills abriu as janelas, permitindo que a luz do sol entrasse e iluminasse o espaço. A diferença foi imediata; o quarto parecia ganhar um novo sopro de vida.

- Precisamos de tinta, pinceis, talvez algum papel de parede - sugeriu Samuel. - E, claro, móveis novos. Um berço, uma cômoda, talvez até alguns brinquedos.

Bills sorriu, sentindo uma nova energia ao imaginar o quarto transformado para Even.

- Vamos fazer isso. Vou ao mercado comprar o que precisamos. Enquanto isso, você pode começar a limpar e abrir o espaço. Vamos deixar isso aqui pronto para ela.

Samuel assentiu, determinado.

- Pode deixar comigo. Esse quarto vai ficar irreconhecível quando terminarmos.

Bills pegou sua carteira e se preparou para sair.

- Preciso pegar tinta, pinceis, e ver se encontro móveis apropriados. Talvez até algumas decorações. Vamos transformar este lugar.

Samuel pegou um pano e começou a limpar a poeira acumulada.

- Perfeito. Vai com calma lá fora. Eu seguro as pontas aqui.

Com um último olhar confiante para Samuel e Even, Bills saiu em direção ao mercado, determinado a transformar aquele espaço e, de alguma forma, também transformar um pouco de si mesmo. Ele sabia que este era apenas o começo de uma jornada desafiadora, mas estava pronto para enfrentá-la de frente, com esperança renovada no coração.

Era por volta das três da tarde. Samuel, ainda imerso em sua tarefa de transformar o quarto, pegou um pano e começou a limpar os móveis que estavam ali, uma estante e uma mesa robusta, ambas cobertas por uma camada espessa de poeira. O trabalho era árduo, mas a ideia de criar um ambiente acolhedor para Even o mantinha motivado.

Enquanto Samuel se concentrava na limpeza, Even, agora mais curiosa e ativa, engatinhou pelo chão sujo até ele. Suas pequenas mãos deixavam marcas por onde passavam, e de repente, ela espirrou, um som pequeno e adorável que chamou a atenção de Samuel.

Ele se virou e notou a presença dela ali. Em câmera lenta, ele a viu levando a mão suja até a boca. Com um rápido olhar ao redor, ele percebeu o balde de água limpa que estava usando para a limpeza. Com um movimento fluido, Samuel controlou a água, formando uma pequena onda que gentilmente segurou o braço da bebê, impedindo-a de colocar a mão na boca.

A estrela ocultaOnde histórias criam vida. Descubra agora