Capítulo 51 Fogo da liberdade

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Liztin, após assustar o mordomo com seus poderes de fogo, deixou o quarto . As chamas dançavam em sua mão direita, lançando sombras trêmulas nas paredes enquanto ela caminhava pela mansão. Cada passo ecoava no silêncio opressivo, o calor de seu poder contrastando com o frio que parecia emanar das paredes antigas.

Ela percorreu diversos corredores, cada um mais labiríntico que o anterior. As paredes eram adornadas papel de parede azul com detalhes dourados, e os quadros com retratos de algumas pessoas . Em várias salas, móveis antigos , alguns cobertos por panos brancos.

— Preciso encontrar uma saída — murmurou Liztin para si mesma, a voz quase abafada pelo crepitar constante do fogo em sua mão.

Ela se movia com cuidado, sempre em alerta, os sentidos afiados como lâminas. Evitava os mordomos e empregadas que se moviam pelo lugar. Cada vez que ouvia passos ou vozes distantes, se escondia atrás de uma porta entreaberta ou em algum recanto escuro, o coração batendo rápido, mas a mente focada na missão.

Mas a mansão parecia um labirinto sem fim. Corredores se estendiam em todas as direções, portas levavam a mais portas, e cada janela que encontrava estava firmemente trancada ou selada, só via algo escuro do outro lado do vidro da janela . Era como se o próprio edifício conspirasse para mantê-la presa, para torná-la parte de sua história sombria e interminável.

— Não pode ser... — Liztin parou em um corredor particularmente longo, os olhos varrendo o ambiente em busca de algum sinal de esperança. — Deve haver uma saída.

Ela respirou fundo, tentando acalmar a ansiedade crescente. Sabia que não podia desistir, que Even e os outros dependiam dela. As chamas em sua mão tremularam um pouco, refletindo o seu estado emocional .

— Eu vou encontrar uma saída — declarou com firmeza.

Liztin continuou a andar, explorando cada recanto da mansão com uma diligência quase obsessiva. Ela sabia que não importava o quão bem escondida estivesse a saída, ela a encontraria. E quando o fizesse, nada a impediria de reunir seus amigos e escapar daquele lugar.

Liztin continuou sua busca pela mansão, os olhos atentos a cada detalhe enquanto caminhava. Os papéis de parede, em uma variedade quase infinita de cores e padrões, pareciam absurdamente novos . Vermelhos vibrantes, verdes profundos, azuis serenos e amarelos ensolarados se alternavam nas paredes. Parecia mais um showroom de uma loja de papéis de parede do que um corredor de uma mansão .

Diversas pinturas adornavam as paredes, retratos de figuras severas e paisagens de tempos passados, suas molduras douradas ainda brilhando sob a luz tênue dos lustres. Os espelhos, alguns inteiros, outros quebrados, refletiam fragmentos distorcidos de sua imagem e do ambiente ao redor, criando uma sensação de deslocamento e surrealidade.

De repente, Liztin ouviu passos se aproximando. Ela se escondeu rapidamente atrás de uma porta, o fogo em sua mão reduzido a um brilho quase invisível. Espiou pelo vão da porta e viu um mordomo passando lentamente, carregando algo que imediatamente capturou sua atenção.

" Os comunicadores! " pensou Liztin.

O mordomo carregava uma cesta, e dentro dela estavam os comunicadores que haviam sido tomados deles. A visão desses dispositivos trouxe uma onda de esperança e uma renovada determinação. Se pudesse recuperar os comunicadores, teria uma maneira de se comunicar com os outros e coordenar um plano de fuga.

Liztin esperou pacientemente enquanto o mordomo passava. Cada segundo parecia uma eternidade, mas ela sabia que precisava agir no momento certo. Quando o mordomo virou a esquina, ela saiu silenciosamente de seu esconderijo e começou a segui-lo, mantendo uma distância segura.

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