Capítulo 93 Todos os governadores presentes

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Cronos segurava firmemente o braço de Even enquanto a levava em direção ao Palácio do Conselho. O edifício era monumental, com torres altas e uma fachada imponente adornada com emblemas das várias facções de Energion Prime. Even sentia os olhares dos soldados na entrada, seus murmúrios e comentários se misturando com o som dos passos ecoando pelo pátio de mármore.

— É ela? A garota com duas energias? — um dos soldados sussurrou para o colega, os olhos arregalados de curiosidade.

— Sim, olha os olhos dela. É a marca registrada, — respondeu o outro, sua voz carregada de espanto.

Cronos ignorava os comentários, mantendo seu foco em levar Even até o Conselho. A porta principal do palácio se abriu automaticamente, revelando um grande salão de entrada com pisos de mármore polido e colunas de cristal que brilhavam sob a luz suave. As paredes eram adornadas com tapestries detalhando a história de Energion Prime e suas conquistas, mas não falando de um massacre que aconteceu a muito tempo.

Enquanto atravessavam o salão, Even observava as figuras importantes presentes. Líderes de várias regiões de Energion Prime  estavam reunidos, discutindo questões críticas. A presença de Cronos e sua prisioneira não passou despercebida, e logo os murmúrios aumentaram em volume e intensidade.

— É ela! — alguém exclamou. — A energionita de duas energias! O Conselho precisa ver isso!

Cronos avançou pelo salão, abrindo caminho entre os presentes. A porta do Conselho, situada no final do salão, era guardada por dois sentinelas fortemente armados. Eles trocaram olhares surpresos antes de permitir a passagem de Cronos e Even.

O salão em que chegaram parecia um anfiteatro, mas ao invés de ser feito de pedra e mármore, era um espaço futurista, com paredes de metal reluzente e assentos acolchoados. Três fileiras de assentos elevados, onde estavam sentados os 17 governadores de Energion Prime, figuras de poder e influência, cada um com expressões de curiosidade, interesse e ceticismo. No topo, em uma fileira menor, estava Rex, com uma expressão de supremacia, observando tudo de cima.

Even sentiu a pressão aumentar quando Cronos forçou seu ombro, fazendo-a se ajoelhar diante do Conselho.

— É bom te ver de novo, Even Hoshino, — disse Rex, seu sorriso cheio de malícia. O uso do sobrenome a deixou atordoada. Ele sabia. Eles todos sabiam.

Os murmúrios aumentaram entre os governadores. Olhares curiosos e especulativos a cercavam, cada um tentando entender o mistério da garota com duas energias.

Um dos governadores, uma figura imponente com cabelo prateado e uma expressão severa, desceu e se aproximou dela. Seus olhos a analisaram de cima a baixo com uma curiosidade fria.

— Como é possível? — perguntou ele, a voz ecoando no anfiteatro. — Uma energionita com duas energias?

Rex deu um passo à frente, desfrutando da atenção. — Esta raça existiu há milhares de anos, — explicou ele. — Mas devido a uma catástrofe, pensávamos que haviam sido extintos. Mesmo assim, aqui está ela, um verdadeiro milagre da natureza.

Outro governador se levantou, descendo lentamente os degraus. Seus olhos não deixavam os de Even, uma mistura de fascínio e ameaça. — Se isso for verdade, podemos usá-la para restaurar o equilíbrio. Para trazer poder de volta ao Conselho.

Even sabia onde isso iria parar. Eles a fariam voltar para os jogos, a transformariam em uma arma, explorariam suas habilidades até não restar mais nada dela.

— Vocês não sabem o que estão fazendo — disse ela, a voz trêmula mas desafiadora. — Eu não sou um objeto. Não sou uma ferramenta para seus jogos de poder.

A estrela ocultaOnde histórias criam vida. Descubra agora