Bills fechou a porta atrás de si, ainda sentindo a ausência de Samuel. Ele olhou para Even em seus braços e sorriu.
— Bem, pequena Even, agora somos só nós dois. Vamos fazer deste lugar um lar cheio de amor e aventuras — disse, beijando a testa dela.
Ele então caminhou até a cozinha, planejando preparar algo para eles comerem. Enquanto mexia nas panelas, ele ouviu uma voz infantil, fraca e vacilante, tentando dizer seu nome.
— B...Bis...
Ele parou no meio do movimento e virou-se rapidamente, com o coração acelerado. Será que tinha ouvido certo? Voltou para a sala e olhou para Even, que estava no tapete brincando com seus blocos.
— Even? Foi você quem disse isso? — perguntou, se aproximando.
Even olhou para ele com seus grandes olhos azuis, um sorriso brincalhão no rosto. Ela abriu a boca novamente e, com um esforço adorável, repetiu:
— B...Bis...
Desta vez, a palavra saiu mais clara, mas ainda assim um pouco incerta. Bills sentiu uma onda de emoção e orgulho inundá-lo. Ele se ajoelhou ao lado dela, com os olhos marejados.
— Sim, sou eu! Bills! — disse ele, animado. — Você está falando!
Even riu, um som cristalino e cheio de alegria, e tentou dizer novamente:
— Bis!
A risada dela era contagiante. Bills riu junto, sentindo uma felicidade pura e indescritível. Ele a pegou no colo, girando levemente, enquanto ela continuava a rir.
— Você é uma garotinha incrível, sabia? — disse ele, beijando a bochecha dela. — Vamos lá, vamos preparar algo gostoso para comer e celebrar sua primeira palavra!
Ainda rindo e sentindo o coração leve, Bills levou Even de volta para a cozinha. Ele a colocou em seu cadeirão e começou a preparar uma refeição simples, mas especial, para eles. Enquanto cozinhava, ele não podia deixar de olhar para ela, a felicidade irradiando de seus olhos.
— Bis... — repetia ela de vez em quando, fazendo-o rir a cada vez.
Bills sabia que, com momentos como esses, ele poderia enfrentar qualquer desafio que viesse pela frente. A presença de Even e sua capacidade de aprender e crescer enchiam sua vida de propósito e alegria. E assim, enquanto preparava a comida, ele sentiu que o futuro seria brilhante, cheio de palavras novas e muitas risadas.
Bills preparou a papinha de fruta com cuidado, misturando maçã e banana até obter uma textura suave e deliciosa. Ele levou a tigela para a sala, onde Even estava brincando com seu coelho de pano.
— Even, hora de comer! — chamou Bills, aproximando-se dela.
Even soltou uma risada cristalina e, antes que Bills pudesse pegá-la, ela desapareceu em um piscar de olhos. A risada dela ecoou pela casa, um som que Bills começava a reconhecer bem.
— Ah, começou a brincadeira! — murmurou Bills, sorrindo enquanto se preparava para mais uma rodada de esconde-esconde.
Ele sabia que Even adorava essa brincadeira de sumir e fazê-lo procurá-la. Era uma espécie de jogo que ela havia inventado, uma maneira divertida de explorar suas habilidades e testar a paciência de Bills.
Bills começou sua busca, verificando os lugares onde ela geralmente se escondia. No banheiro, ele viu uma pontinha de pé, mas quando tentou pegá-la, ela desapareceu novamente, rindo. A risada dela agora vinha do quarto dela.
— Muito bem, senhorita esconde-esconde, vamos ver se eu consigo te pegar desta vez — disse Bills, pensando em uma nova estratégia.
Ele se concentrou e, em um piscar de olhos, se teletransportou para o quarto dela, aparecendo atrás de Even, que estava sentada no chão, olhando fixamente para a porta. Ela parecia estar esperando que ele entrasse pela porta, sem perceber que ele já estava ali, bem atrás dela.
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A estrela oculta
Bilim KurguEven é uma jovem com habilidades extraordinárias que foge de uma instalação secreta do governo, encontrando refúgio em uma família acolhedora. No entanto, sua vida tranquila é abalada quando quatro adolescentes surgem, afirmando que ela faz parte d...