Capítulo 55 Sombra e folhagem

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Eles observavam as naves se aproximarem, a tensão no ar crescendo a cada segundo.

— Dayse, tem como acelerar? — perguntou Liztin, sua voz carregada de urgência.

— Não, essa velocidade já é o máximo que a Escarlate consegue com o estado do motor — respondeu Dayse, preocupada.

— Então a gente vai ter que enfrentar eles? — perguntou Samantha, a preocupação evidente em seu rosto.

— A gente não vai conseguir — disse Darwin.

— Eu posso tentar um feitiço de deslocamento, pra tirar a gente daqui. Mas eu preciso de tempo para deslocar a Escarlate — falou Magnus, já se preparando mentalmente para o desafio.

— Ótimo, vocês vão para a cozinha — ordenou Diego, conduzindo o grupo da Terra até a cozinha.

— Vocês vão ficar bem? — perguntou Julia, a preocupação na sua voz.

— Espero que sim — respondeu Diego, fechando a porta atrás deles.

Logo, o som de passos ecoou pela nave. As naves dos caçadores de recompensas tinham uma tecnologia avançada, capaz de abrir portais para dentro de outras naves. Uma figura feminina apareceu através de um desses portais, seus cabelos verdes e olhos vermelhos criando uma presença marcante. Ela vestia um vestido preto adornado com desenhos de rosas vermelhas, e suas pernas estavam envoltas em raízes com espinhos que formavam um salto alto decorado com rosas.

O grupo entrou em alerta. Diego segurava um raio preparado para atacar. Darwin invocou um golem de gelo ao seu lado. Liztin empunhava uma espada de magma, emanando calor. Dayse estava equipada com um canhão poderoso. Samantha convocou um dragão de água, que serpenteava ao seu redor. Even, com sua telecinese, já irradiava uma aura azul intensa. Magnus, em um canto da sala, tentava se concentrar em seu feitiço, os olhos fixos em um livro antigo.

A mulher de cabelos verdes fixou seu olhar em Even, claramente determinada a capturá-la. Seus olhos vermelhos brilhavam com uma intenção sinistra, e ela avançou lentamente, seus passos ecoando pelo chão metálico da nave.

— Ela veio para capturar você — sussurrou Liztin, estreitando os olhos.

— Deixe que tentem — murmurou Even, a aura azul ao seu redor intensificando-se enquanto ela se preparava para a batalha.

O confronto era iminente, e todos sabiam que precisavam dar o melhor de si para proteger Even e sobreviver à ameaça que se aproximava.

A tensão no ar era palpável enquanto a mulher de cabelos verdes avançava, seus olhos vermelhos brilhando com uma intenção ameaçadora. O grupo se preparava para a batalha, mas a mulher ergueu uma mão, sinalizando para que eles parassem.

— Parem. Eu só quero falar — disse ela, sua voz suave .

Diego estreitou os olhos, mas manteve sua postura defensiva. — E por que deveríamos ouvir você?

A mulher sorriu. — Porque, se me ouvirem, talvez possam sair dessa vivos.

Liztin segurou sua espada de magma com firmeza. — O que você quer?

— Eu quero Even — disse a mulher, apontando diretamente para Even. — Entreguem-na a mim e eu pouparei a vida de todos vocês.

Darwin deu um passo à frente, seu golem de gelo ao seu lado. — E por que deveríamos acreditar em você?

— Porque eu não tenho motivo para mentir — respondeu a mulher calmamente. — Meu único interesse é ela. Vocês não são alvos.

— Não vamos entregar a Even — declarou Samantha, seu dragão de água rugindo em resposta.

A estrela ocultaOnde histórias criam vida. Descubra agora