Capítulo 58 Confronto de ideais

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Kaito olhou em direção a Magnus, que desde o início da batalha estava no canto da sala, ocupado com algo em suas mãos. Magnus estava visivelmente nevorso , ele folheava um livro com pressa, como se procurasse uma resposta desesperadamente. Kaito estreitou os olhos, suspeitando do jovem mago.

Em um instante, Kaito avançou, agarrando Magnus pelo pescoço e o pressionando contra a parede.

— Você estava fazendo alguma coisa desde o começo. O que você fez? — perguntou Kaito, sua voz cheia de ameaça.

Magnus arregalou os olhos, a mão direita segurando o livro tremendo levemente. Ele segurou o braço de Kaito com a mão esquerda, tentando aliviar a pressão em seu pescoço.

— Cara, eu não fiz nada! Faltavam ainda três linhas para completar o feitiço! Eu não fiz nada! — exclamou Magnus, sua voz carregada de urgência e medo.

A tensão no ar aumentava. Magnus tinha uma reputação conhecida somente pelo grupo de cometer erros em feitiços, e se tivesse completado o feitiço, poderia haver uma chance de que ele fosse o responsável pelo desaparecimento de Even. No entanto, ele ainda não havia terminado, e isso o inocentava da suspeita direta.

Nesse momento, Diego conjurou um raio, mirando diretamente em Kaito. Darwin, ao lado dele, fez surgir uma espada brilhante e apontou para Kaito também.

— Solta ele... agora — ordenou Diego, sua voz firme e ameaçadora.

Kaito hesitou, olhando de Magnus para Diego e Darwin. Finalmente, ele soltou Magnus, que caiu no chão, ofegando e massageando o pescoço.

— Se você não fez isso, então quem foi? — Kaito rosnou, olhando em volta para os outros caçadores.

Layla e Herodes se aproximaram, ainda em alerta. Rosalina e Hadeus mantinham suas posições, prontos para qualquer eventualidade. Erez, com sua coruja silenciosa, observava tudo com uma calma calculada.

— Temos que descobrir quem interferiu — disse Layla, sua voz firme. — Não podemos deixar isso passar.

Os amigos de Even,  observaram a cena, começaram a sentir um misto de alívio e preocupação. Even havia escapado, mas o perigo ainda não havia passado. Eles precisavam descobrir o que realmente aconteceu e encontrar uma maneira de achar a Even .

Hadeus se lembrou do que Magnus havia dito ,que ele não tinha terminado o feitiço. Seu olhar se estreitou ao considerar a implicação. Magnus não era de Energion Prime, mas de um planeta que havia sido responsável pela morte de milhares do povo de Energion.

— Você não é um de nós. É daquele planeta — disse Hadeus, olhando para Magnus com desprezo.

Magnus, ainda massageando o pescoço, ergueu os olhos e encontrou o olhar de Hadeus. Ele sabia que essa revelação mudava a dinâmica da situação, mas não se desviou.

— Vocês são traidores do seu próprio povo. Como vocês ousaram refugiar alguém daquele planeta? — perguntou Hadeus, sua voz cheia de indignação enquanto se virava para o grupo de amigos de Even.

Diego e Darwin não baixaram suas armas, mas seus olhos brilharam com uma mistura de surpresa e desconfiança. A revelação de Hadeus era uma bomba que ameaçava desestabilizar ainda mais a situação.

— Magnus está conosco porque ele provou seu diferentes deles — disse Diego, tentando manter a calma na voz. — Não somos traidores. Estamos lutando por um bem maior.

Hadeus riu , sua risada ecoando pela sala.

— Um bem maior? Acreditam mesmo nisso? — ele zombou, dando um passo à frente. — Vocês estão cegos pela própria arrogância. Não vêem que estão abrigando um inimigo em suas fileiras?

A estrela ocultaOnde histórias criam vida. Descubra agora