Christopher Uckermann tem 32 anos, é arquiteto e não acredita no amor.
Quando era pequeno como não tinha o amor e a presença dos pais em sua vida, foi criado por sua tia Alexandra sua única familiar ainda viva. Assim que completou a maioridade, Ch...
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Não é a primeira vez que passo por essa experiência do casamento e hoje estava me sentindo muito mais nervoso do que da primeira vez que estive nessa situação. É um sentimento tão estranho e não sei descrever direito porque isso está acontecendo. Talvez seja medo de que ela me mande para o inferno e desista de tudo. Eu estaria destruido. Mas em toda sua gentileza, mais uma vez a Dulce me mostrou que é uma pessoa melhor que eu cumprindo a sua parte e se casando comigo.
Na noite passada nós conversamos bastante e como o clima entre nós ainda estava um pouco pesado, eu quis experimentar algo diferente dançando com ela. Fizemos isso em frente a lareira e nossos corpos se encaixaram perfeitamente. No entanto esse foi o único contato físico que tivemos, deve ser por isso que fiquei um pouco apavorado ao ouvir as palavras "Pode beijar a noiva".
Até pensei em dar um beijo em sua testa simbolizando o respeito, mas meus lábios foram direto aos seus, afinal de contas era meu direito beijar minha esposa ao final da cerimônia de casamento. Encostei minha boca na dela, segurando sua nuca, segurando-a firme e beijando-a profundamente. Quando nos separamos nossas respirações estavam aceleradas e nossos olhares estavam conectados. É como se de alguma maneira, algo tivesse mudado entre nós naquele momento e sinceramente não sei bem como reagir a esse sentimento. Na verdade, se eu for parar para pensar, há muito tempo desliguei meus sentimentos e venho vivendo no automático, não pretendendo de forma alguma mudar isso.
Saindo do cartório com nossa certidão de casamento e algumas fotos em mãos, nós fomos em direção à casa da Anahi que tinha preparado um jantar em comemoração e disse que jamais aceitaria um não como resposta. . . . . Parando em frenete a casa dos meus amigos, coloquei o carro em ponto morto e suspirei alivado por eles me conhecerem o bastante e não ter convidado ninguém para participar desse jantar.
Antes de descer do carro eu olhei para a Dulce, focando meu olhar em sua mão esquerda que agora carregava o símbolo do nosso matrimônio, assim como seu nome que agora carrega o meu sobrenome. Dulce Maria Von Uckermann. Puta merda! Pensei que jamais passaria por isso de novo, mas aqui estou eu novamente casado.
Dulce: Christopher? Está sentindo algo? Você ficou branco. - Balancei minha cabeça afastando esses pensamentos, afinal de contas me encontro nessa situação porque eu mesmo quis entrar nela.
Ucker: Não, eu estou bem Dulce. Só estava agradecendo mentalmente por eles me conhecerem o suficiente e não terem convidado ninguém para nosso jantar de comemoração. - Tentei dar um sorriso, mas deve ter parecido com uma careta.
Dulce: Bom, eu não teria ninguém para convidar mesmo. - A gentileza sumiu de sua voz e seu tom soou um pouco ríspido. - Vamos então Christopher?
Ucker: Claro! - Descemos do carro e de mãos dadas seguirmos para o jantar em comemoração a nosso casamento. . . . . Entrando na casa dos meus amigos formos direto para a área da piscina onde seria realizado nosso jantar. O deque de trás estava arrumado com uma mesa extravagante, com tule e luzinhas decorando a área, flores e velas cintilando na brisa leve. No canto, havia outra mesa pequena com um bolo de casamento bem elegante. Os olhos de Dulce ficaram enormes quando ela olhou para mim.
Dulce: Como ela preparou tudo isso de ontem para hoje?
Ucker: É um benefício de se ter dinheiro. Eles são muito bem de situação e com alguns contatos. - Estralei meus dedos. - Aqui estamos. - Apesar de conhecer a Anahi a anos, tinha de admitir que estava impressonado com toda aquela produção. Mesmo sabendo que não passamos de uma farça, ela cuidou aos mínimos detalhes para que tudo fosse bonito.
Nossos anfitriões sorriram para nós quando chegamos, Anahi deu um abraço apertado em Dulce, sussurando algumas palavas em seu ouvido. Poncho me cumprimentou dando tapas no ombro, parabenizando-me e o Manu pulou em meu colo me abraçando forte e dizendo o quanto estava feliz por eu ter arrumado uma titia para ele. . . . . Apesar de ser uma situação atípica, o jantar foi muito agradável. Estava extravaganete, tinha muito champagne, mas eu me contive e não bebi muito, afinal de contas ainda precisaria levar nós dois para casa. Ao contrário da Dulce que admiravelmente hoje estava um pouco mais solta. Bebeu um pouco de champagne e não se importou nenhum pouco quando a Anahi nos colocou em frente a mesa do bolo para tirar algumas fotos e pediu que nos beijássemos. Era como se tudo aquilo fosse natural para ela. E eu senti um calor no peito quando mais uma vez seus lábios gentilmente tocaram os meus.
Ao final das fotos, seguindo as intruções da Anahi, o Poncho e eu arrastamos mesa do jantar, deixando um espaço livre para que pudessemos dançar e a primeira dança é claro foi destinada aos noivos, já que segundo ela essa é uma tradição em casamento. Não que o nosso casamento fosse tradicional, não é mesmo?
Não entendia o próposito disso, no entanto não impedi que esse momento acontecesse, pois a Dulce parecia estar confortável com os acontecimentos dessa noite. Ela estava sorridente e apesar da situação, parecia feliz. O que de certa forma foi tranquilizador para mim. E estava feliz por vê-la com a expressão tão suave.
Ucker: Pronta para dançar com seu marido Sra. Uckermann?
Dulce: Claro Sr. Uckermann! - Pela primeira vez seu sorriso para mim pareceu sincero.
Mais uma vez naquela noite estávamos com nossos corpos confortavelmente colados e me senti feliz por ver que apesar de estar usando saltos, ela ainda ficou um pouco mais baixa e seu corpo se encaixou perfeitamente ao meu. Gostei da sensação de poder apoiar meu queixo em sua cabeça e pela primeira vez tive em meu coração o sentimento de querer proteger a Dulce de todos os terrores que ela já passou em sua vida. Quando finalizamos a dança o clima estava tão leve e mais uma vez naquele dia eu me vi com vontade de tocar seus lábios com gentileza, então pela terceira vez eu me aproximei da minha esposa e nós nos beijamos. . . . .
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