Adeus, meu amor...

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Sentada num banco de madeira, observo através das portas de vidro as pessoas e os carros a passarem enquanto eu permaneço no mesmo lugar.

Com o passar das horas e dos minutos, na minha mente vão surgindo memórias longínquas do que um dia fomos e do que somos agora.

Não resta nada mais além de rancor, dor, arrependimento e desilusão. Nada mais resta senão a tua imagem distorcida da pessoa que dizias ser e da pessoa que vejo agora que nunca foste.

Resta senão arrependimento pelo tempo a ti dedicado e por tudo aquilo que de mim roubaste.

Hoje vou-me embora e levo comigo a nossa pequena e linda flor que da nossa união brotou.

Mas dou por mim a pensar naquela triste e infeliz puta que usava aliança e que ainda assim era perseguida pela fama de puta que não era e mesmo assim nunca ousou despir o dedo.

Hoje, de ti me despeço e me desprendo, levando comigo feridas ainda a sarar e dou, por fim, um ultimo olhar no que um dia fomos e no que somos agora. 

Com o dedo finalmente despido e frio com a ausência da tua corrente, vou finalmente embora e despeço-me e desprendo-me desse amor que me era tão lindo e estimado e que no fim me destruiu por completo.

Hoje, olhando uma ultima vez para o passado, despeço-me finalmente da dor, da importância que um dia te dei e vou-me embora deixando contigo apenas o sabor da minha ausência e a fama daquela puta que usava aliança e nunca despira o dedo.

A minha vida em folhas de papelOnde histórias criam vida. Descubra agora