Eu vivo

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Originalmente parecemos ter vida, e pessoalmente achamos que a temos. Seres que nem marionetes são conduzidas que podem viver, e presas por fios usadas são tendo ideia de uma vida real quando na realidade não se vive. Somos tão pouco o tempo que ao longo do tempo parece decorrer, somos temporal que ferve numa vida que não existe. A vida é mesmo assim, não existe, mas nós parecemos vivê-la. Queima o tempo de uma vida que não tem tempo, escaçando segundos e minutos, criando horas que depois que o tempo acaba, não mais existem. E não existe botão algum para voltar atrás aos lugares onde fomos felizes e parecemos ter uma vida. Vamos vivendo assim numa linha temporal onde não sabemos que não somos vivos, e lutando inconscientemente contra o tempo, entramos nele como quem entra numa rua em sentido contrário, com medo do que vem na frente, sem saber que o frente não existe. Nada existe quando não se vive, porém, para nós existe tudo sendo que pensamos viver. Damos contagem ao tempo achando poder controlá-lo, e não sabemos que o tempo deixa de existir depois de ultrapassado. Damos contagem ao tempo marcando-o com chamadas lembranças e recordações, achando que estas o tempo podem marcar manipulando a linha temporal que na nossa vida se tornou. Achamos assim que vivemos livremente sem duvida alguma de que na realidade nunca a vida existiu, pondo em causa a nossa possível existência. A vida é mesmo assim, não existe, mas nós parecemos vivê-la.

A minha vida em folhas de papelOnde histórias criam vida. Descubra agora