A minha vida em folhas de papel

Picasso

Teu coração fechado não se abre com uma chave qualquer. É aberto apenas pelo meu amor simbolizado por uma rosa branca, tão branca como o teu rosto pálido. Cada toque quente proporcionado com as minhas mãos suaves, em cada traço do teu rosto frágil como um cristal, é simplesmente perfeito. Esse teu pequeno brilho nos olhos torna-se o lar de um pequeno, mas grande amor meu. Brisas suaves rasgam a minha pele fina com o simples sabor do teu cheiro natural, como a fragância de uma rosa branca. Sigo cada passo teu como um método, um rumo a um destino contigo. O teu sorriso tão branco como a neve é ainda mais puro que o vento cortante perante os teus cabelos brilhantes e sedosos. A tua maneira de viver dá-me segurança, perante a vida que eu quero, mas não tanta quanto os teus braços compridos me dariam num abraço terno e sincero. Invades a minha mente e a única coisa em que penso, é somente o teu hálito quente e arrepiante. Levanto-me todos os dias com o objetivo de a ti me declarar, mas falta-me a coragem e quando chega o pôr do sol, declaro-me a uma rosa branca, rosa branca que aos poucos é manchada com lágrimas de sangue que dos meus olhos tristes escorrem, roubando assim toda a cor branca, dessa rosa branca, tão branca como o teu rosto pálido...