Uma pequena mentirosa

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Em tempos atuais dói, aquilo que outrora doeu, dor que perfurou o meu peito e que nos subúrbios do meu pensamento se instalou adquirindo o engenho de fazer doer, a dor que em silêncio dói. No fingir do fingimento, simplesmente tento fingir, fingir esquecer que um dia fui esquecida, e esqueci quem um dia me esqueceu. Aqueles momentos que um dia pintaste em meu peito, do meu peito foram desvanecendo, caindo assim no esquecimento de que um dia fomos obra de arte. Brigas que em "perdão" transformámos, em perdão foram em vão, aqueles que em comum estimámos, tornámo-los nossas muralhas, muralhas estas que em labirintos sem saída se tornaram o nosso refúgio, refúgio de um sentimento de culpa e uma ambição que de culpa eu não tenho. Perspetivas destruidas, sonhos tornados pesadelos, desespero que desesperadamente se desespera, por de um passado que de lembrar dói, por de um passado que quer ser esquecido, se torna o esquecimento de uma dor incomum. Fechado agora o meu peito, bate em batidas dolorosas, que em cada batida no meu subconsciente, me faz esquecer que um dia me esqueceste...

A minha vida em folhas de papelOnde histórias criam vida. Descubra agora