Entre Medos e Incertezas - Catradora

Capítulo 13

Oi gente! Tudo bem?

Um aviso para vocês: Como eu já tinha especificado na descrição da história, pode conter gatilhos contendo homofobia, e esse capítulo é um dos que podem apresentar esse tipo de conteúdo.

Deixo o aviso caso você for sensível.

Boa leitura!
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— E então, filha. Vocês fizeram as pazes?— Sorri ao ouví-la perguntar.

— É, acho que sim

Adora: Você tá bem?
Adora: Não ficou gripada por causa de ontem, né?

Catra: Tá tudo certo comigo, mas agora com o meu cabelo... Se eu soubesse que o cloro detonaria tanto com ele, eu teria corrido e deixado você sozinha lá, congelando!

Minha mãe soltou uma risada nasal ao olhar a mensagem de relance.

— É, não foi uma boa ideia vocês nadarem de noite

— Mas eu nem fiquei gripada!

— Poderia ter ficado — Insistiu — Foi muita falta de responsabilidade de vocês duas!

Revirei os olhos e dei uma mordida na maçã. Sei que ela tem total razão.

— Sabe, filha — Começou sem tirar os olhos da panela que ela mexia — Não vou dizer que invadir a piscina da escola é algo que eu apoie... Mas eu acho importante você aproveitar essa fase da adolescência

Sorri de canto com o seu comentário repentino. Eu tenho mesmo muita sorte.

— Agora vai, não quero mais ver você chegando em cima do horário na escola!

— Mas mãe... — Protestei

— Sem "mas"! Anda, para a porta

Me despedi e sai um pouco emburrada e saí com metade da maçã na boca. Não gosto da ideia de chegar adiantada, não combina comigo.

Com esse mandato da minha mãe, cheguei na escola dez minutos antes da aula começar, ou seja, um sexto de uma hora que eu poderia ter gastado dormindo.

Prendi a minha bicicleta de qualquer jeito e entrei na escola sem me importar em esconder a minha cara de sono.

Não sei se é impressão minha ou se é por causa da minha cara, mas quanto mais gente eu encontrava, mais sussurros e olhares apontavam para mim de maneira muito mais frequente do que eu gostaria.

Esbarrei em algumas pessoas sem muito esforço, e logo depois elas se desculpavam e começavam a rir para os amigos. O que tá rolando? Será que eu estou ficando louca?

— Catra! — Uma voz masculina surgiu atrás de mim, e quando me recordei quem era, um sorriso enorme estampou no meu rosto.

Ele correu e me abraçou forte por alguns longos segundos.

— Quanta saudade eu senti de você! — Disse sem se soltar do abraço — Finalmente vocês duas se resolveram! Acho que não aguentaria mais nenhum dia longe do meu grupinho

— Bow... Você sabe que o desentendimento era entre eu e ela, vocês não precisavam se prejudicar por nossa causa!

Ele negou com a cabeça

— Nada disso! Um grupo é um grupo, se alguém se afeta, todos se afetam juntos

Eu ri e começamos a andar a procura dos amigos. Não demorou muito até encontrarmos a Adora, que quando nos viu, correu para não ficar sozinha.