Nono capítulo [Bokuto Koutarou]

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No mesmo momento que Bokuto deu as costas para aquele outro amigo e seguia pela rua deserta à caminho da casa de sua irmã, apenas ele e seus pensamentos incoerentes, ele também apressou o passo para fugir de alguma coisa que nem mesmo sabia o que era

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No mesmo momento que Bokuto deu as costas para aquele outro amigo e seguia pela rua deserta à caminho da casa de sua irmã, apenas ele e seus pensamentos incoerentes, ele também apressou o passo para fugir de alguma coisa que nem mesmo sabia o que era.

Parou de andar rápido depois de ter dobrado algumas ruas para recuperar o fôlego que estava faltando — há um tempo aliás...

Se apoiou na parede do muro da casa mais próxima e sua respiração estava tão pesada quanto quando jogava vôlei. A sua mão que apoiava na parede estava trêmula desde muito tempo, mais precisamente desde quando encostou levemente na nuca de Kuroo sem nem mesmo ter percebido que havia movimentado os dedos e a mão.

Estava desesperado, essa era sua verdadeira situação. Já não bastava ter se "encantado" estranhamente por alguns milésimos de segundos pela nuca dele, ter mexido os dedos involuntariamente para tocar e ter desejado cravar os seus dentes por ali na tentativa de... marcá-lo...?

O que demônios estava havendo?!

Por que estava tão estranho esse dia? Não só esse dia, mas outros também... Seu desespero só crescia mais ainda ao estar parando para pensar sobre isso agora.

Se distanciou desses pensamentos durante todo o percurso que fizeram até ali e ainda bem que conseguiu se manter normal, mesmo com sua mão tremendo fortemente por influência do toque, enquanto andavam lado a lado... e com sua mente sempre o levando ao pensamento da cena da nuca.

Bokuto estava enlouquecendo desde muito cedo, para ser mais exato, desde quando sentiu aquele cheiro tão presente e, ao mesmo tempo, tão fraco de ômega vindo daquele moletom vermelho. Ainda recordava do aroma com exatidão como nunca. E agora vinha aquela situação envolvendo a nuca de Kuroo? De um grande amigo seu?

Estava pirando.

Simultaneamente, seus dentes doíam pela necessidade que tinha de morder um ômega, ali e agora, tinha que morder. Até estava tremendo e suando frio com essa ideia assustadora de morder seu amigo. Nunca tinha pensado nessa situação com um contexto tão dominante assim, por isso estava ficando assustado. Nunca nem tinha se imaginado mordendo um ômega na vida ainda, então seu choque era muito intenso.

"Kuroo é alfa, é alfa, é alfa... Não é ômega, isso é coisa da imaginação..." Pensava isso várias vezes para se convencer mais ainda dessa verdade, mas tinha que ser sincero e dizer que estava custando muita energia continuar forçando isso na cabeça. Nada mais fazia sentido algum.

Que cheiro de ômega era aquele que veio daquela roupa e por que ficou tão satisfeito sentindo aquilo? Somente aquele aroma o acalmou no momento de estresse que passou.

"Estranho... Por que um aroma de ômega viria da roupa dele?..." Bokuto se ergueu depois de se acalmar e começou a andar para a casa de sua irmã, mas tudo era muito confuso para ele agora, tão confuso que queria só sentar em algum lugar para pensar e se culpar por estar se sentindo tão estranho em relação ao Tetsurou daquela forma — afinal ele não era ômega... Não tinha como, não tinha.

ACASO | (omegaverse) [BOKUROO] Onde histórias criam vida. Descubra agora