ACASO | (omegaverse) [BOKUROO]

Vigésimo primeiro capítulo [Bokuto Koutarou]

Após uma breve pausa ainda na estação, de ter pensado um pouco e ter arrumado coragem, Koutarou seguiu o GPS do celular e andou por algumas ruas e avenidas daquele bairro, que a partir de hoje seria um dos que mais frequentaria por um tempo.

Demorou algo como uns 15 minutos até chegar no começo da rua que seria a de Kuroo. Chegando ali, seu coração já estava morrendo de tanta aflição. Onde enfiaria a cara falando com os pais de Tetsurou? O que faria ao ver Kuroo?

Seus pés pareciam cada vez mais pesados ao se aproximar da casa de dois andares que teria o número dito pelo casal na chamada de ontem.

Aquela residência era bonita, da elegância ao simplismo, não tinha muro antes da entrada da casa como a sua tinha, mas possuía alguns jardins de arbustos com apenas cercas de ferro pequeninas ao redor das plantas. As pedras no chão de entrada que levavam à porta principal eram de um tom escuro, entrando em contraste com a tonalidade da porta e paredes, que eram branco e marrom amadeirado, respectivamente.

Haviam janelas de tom escuro, porém estas estavam cobertas por cortinas de cor clara no interior. Era uma bela casa de longe como via. Apenas depois, já estando de frente, foi que viu que ligada à casa havia uma garagem de portão branco, assim como a porta principal, e do lado de fora na calçada da mesma estava estacionado um carro escuro, quase como se tivesse sido há pouco usado e não guardado de novo na garagem.

Um alerta de "Estão em casa!" ressoou na mente de Bokuto e o desespero bateu, engoliu em seco, mas se dirigiu para a porta, mesmo sem sentir as pernas, e tocou a campainha.

Se dissesse que não estava nervoso, de certeza estaria mentindo, suas mãos estavam suadas, olhou até para o lado com tanta inquietação.

"Quero ir para casa... Socorro..." Foi só ter pensado isso que a porta foi aberta e tomou um susto disfarçado ao olhar para a mulher alfa de cabelos pretos e olhos avelãs puxados em sua frente, bem vestida e com cabelos curtos na altura do pescoço. Tão linda que Bokuto ficou sem palavras.

Era a cara de Kuroo.

— Bom dia, "Koutarou", certo? — A mãe de Kuroo falou depois de ter olhando bem anteriormente, se perguntado quem era aquele rapaz de cabelos bicolores para baixo tocando a campainha, só depois percebendo que era Bokuto.

Para ela, apenas a vibração de "alfa dominante" vinda dele já dizia tudo, nem precisou ter aberto a porta direito, mas na foto do celular ele tinha os cabelos espetados, por isso acabou confusa.

Koutarou respondeu automaticamente enquanto digeria o que via em sua frente:

— Sim! Bom dia, senhora Tetsurou — "Que linda! Agora sei a quem puxou!" Ficou até envergonhado e fez reverência.

A mulher alfa a sua frente soltou um sorriso doce e lhe deu passagem pela porta, dizendo:

— Entre, entre. Bem vindo.