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Domingo à noite Sandra levou os meninos para assistir a peça, mais especificamente para ver Moura no teatro depois de tanto tempo sem ir em um, os meninos adoraram ver como Wagner faz teatro tão bem. Depois de tanto tempo sem ir ao teatro, Sandra sentiu como se fosse a primeira vez vendo Wagner em uma peça, assistir ele no teatro trouxe boas lembranças, como à primeira vez, de fato, que ela foi assistir ele no teatro.

No fim, ela desconfiou de Manuela e ficou observando de longe o jeito que Moura e Manuela se olhavam no palco, não era apenas bons amigos, tem algo há mais. Ela esperou o Wagner terminar de trocar de roupa para ir embora, enquanto isso, Moura conversava com Manuela.

— De repente ela apareceu com os meus filhos. Eu desconfio que ela quer alguma coisa, ela não veio pra cá atoa! — Moura deixou Manuela preocupada sem querer.

— E agora? O que você pretende fazer? — Manuela esfrega as mãos nervosa.

— Eu vou tentar conversar com ela e tentar descobrir o que ela quer, quanto a nós, você não precisa se preocupar. — Moura sorri para Manuela tentando tranquiliza-la.

— Tudo bem, eu entendo. Se precisar de alguma coisa, estarei a disposição. — Manuela sorriu fraca, ela tentava não demonstrar que estava preocupada, insegura e com medo do Wagner ter recaída com a ex.

Moura sabia exatamente o que passava na cabeça de Manuela e isso partiu o coração dele, a última coisa que ele queria era deixá-la preocupada, com medo e insegura. Ele a abraçou com força e depois deu um beijo demorado de língua em Manuela.

— Eu tenho que ir, depois eu te mando mensagem, tá bom?

Ele não queria ir embora com Sandra, ele queria passar domingo à noite com Manuela.

— Tá bom. — Manuela sorriu sem mostrar os dentes e se despediu de Moura com aperto no coração.

Ela também não queria ir embora sem ele, ela pensou em passar a noite de domingo juntos, mas, infelizmente não deu.

Moura foi para o carro, no rosto dele estava estampado o ódio que ele estava sentindo da Sandra por está atrapalhando a vida dele. Ele dirigiu direto para o apartamento. Os meninos estavam animados, foram o caminho todo comentando sobre a peça, a Sandra foi o caminho todo calada também.

— Eu já estou com saudade dos meus amigos dos eua. — Salvador falou.

— É, eu também! — José falou em inglês.

— Por quê não leva eles de volta? — Moura questiona Sandra.

— Porque acabamos de chegar. — Sandra respondeu seca sem olhar na cara dele.

— Independente Sandra. — Moura suspirou para não aumentar o tom com ela na frente dos meninos.

— Por quê você quer que a gente vá embora? — dessa vez, Sandra olhou para ele esperando uma resposta.

— Não são eles, é você.

— Ei, pai, que isso? O que está acontecendo com vocês? — Bem questionou, ele já percebeu que as coisas não anda nada bem entre os pais.

— Nada meu filho, só estamos conversando. — Moura sorriu por cima do ombro e Bem fingiu acreditar.

Os dois ficaram em silêncio pelo resto do caminho e quando chegaram no apartamento foram os três para o mesmo quarto já que só tem dois: a suíte e o quarto de hóspedes.

Moura foi tomar um banho para relaxar e não ficar pensando no que levou a Sandra vir para o Brasil, dava dor de cabeça. Ele só conseguiu pensar na Manuela, se ela estava bem, como ela está. Moura saiu do banho com a toalha na cintura e algumas gotículas de água escorrendo pelo corpo, digitando uma mensagem para Manuela perguntando como ela está, ele não percebeu sua ex sentada na cama.

The New Love | Wagner Moura Onde histórias criam vida. Descubra agora