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Manuela foi a primeira a acordar, ela espreguiçou com cuidado para não acordar o Wagner que dormia tranquilamente abraçado à ela. Ela encarou o rapaz por alguns segundos sorrindo, passou levemente a mão nos cabelos desgrenhado sem acreditar que dormiram juntos. Manuela estava feliz.

Wagner resmungou e se mexeu um pouco. Manuela continuou fazendo carinho nos cabelos dele e ele foi despertando aos poucos. Ele é bonito até quando acorda.

— Oi meu amor, bom dia — falou vendo ele abrir os olhos devagar.

— Bom... dia amor... — tossiu e Manuela levantou uma sobrancelha.

— Que foi? Tá gripado? — ele assentiu e tossiu de novo. — ih...

— Acho que... foi o açaí — ele falou com dificuldade pois a garganta estava doendo de mais.

— Pode ser. Fica aqui que eu vou te dar remédio e preparar um chá. — Moura soltou Manuela e ela levantou vestindo a calcinha e a camisa dele antes jogada no chão que por sinal ficou enorme nela
desceu na cozinha para preparar o chá.

Enquanto isso, Moura tentou não se agoniar mais do que já estava agoniado, a garganta doía e o corpo dele também. Ele estava coberto por um edredom branco, só o pé para fora, de repente ele sentiu uma língua lamber o seu dedão e quando olhou, se deparou com uma bolinha fofa de pelos.

Ele olhou em direção a porta e viu que estava entreaberta e entendeu como o cãozinho entrou no quarto.

— Aqui meu amor — Manuela entrou no quarto segurando a xícara de chá e o remédio. — Qual você prefere tomar primeiro?

— O chá. — Moura se sentou na cama escorando as costas na cabeceira, puxou o edredom cobrindo o seu colo nu.

— Então toma amor — ela entregou o chá e deixou o remédio na cabeceira.

— Obrigado. — Moura agradeceu antes de pegar o chá e tomar um gole. — até que... tá gostoso — sorriu fraco tomando mais.

— Que bom que gostou! — Manuela sorriu de volta se sentando na cama com a bolinha de pelos no colo.

— Quem é esse? – Moura perguntou um pouco rouco, observando o jeito que Manuela acaricia os pelos do bicho.

— Esse aqui é o Olavo. — ela fez carinho na cabeça do animal e depois passou a mão nos pelos macios. — Ele lambeu seu pé?

Moura confirmou balançando a cabeça com um sorriso.

— Meu Deus — riu — Ele tem essa mania.

Wagner levou a mão até o Olavo sem acreditar que ela colocou esse nome nele e começou a fazer carinho.

— Os meus... filhos tem um. — contou acariciando os pelos brancos e macios do animal.

— Sério? É Shih-tzu também? — Moura confirmou. — Que legal! É fêmea ou macho?

— Macho. — Moura terminou de beber o chá, a garganta ainda doía um pouco. — O nome dele é Lipe.

— Os meninos devem amar! — Manuela observou o seu animalzinho deixar o colo dela para ir pro colo do Wagner — Que traidor!

Ela riu e Moura riu fraco, abraçando a bolinha de pelos.

— Tá vendo? Até os os animais me ama

— Como se acha — Manuela debochou.

— Vai lá bonitão — Moura colocou o Olavo para fora da cama, ele latiu. — Fique aí rapaz — Wagner ordenou e ele obedeceu.

Moura deu risada da carinha sapeca do Olavo e depois deitou na cama.

— Que bom que ele gostou de você. — Manuela deitou do lado dele e passou a mão na testa e no rosto de Wagner sentindo a temperatura. — Nossa amor, você tá quente.

— Ele me ama! Eu tô um pouco febril, mas o chá... — ele engoliu seco e passou a mão na garganta. — o chá vai me deixar melhor.

— Dorme mais um pouquinho. Eu vou fechar a porta pro Olavo não entrar e vou ir preparar uma sopa pra você.

— Não, fica aqui comigo até eu dormir — pediu subindo em cima dela, abraçou Manuela e afundou o rosto no seu pescoço.

— Oh meu Deus, que bebezão — ela fez carinho nas costas largas do moreno e na nuca — Eu fico aqui com você meu amor — deu um beijo demorado na bochecha dele.

Moura dormiu com o carinho da Manuela em sua nuca e com os beijos de amor depositados em seu rosto. Ele se sente tão bem e amado nos braços dela, Manuela é tão cuidadosa e carinhosa com ele, ele ama isso.

Não há dúvidas de que Manuela é a mulher da vida dele.

Manuela preparou uma sopa de legumes deliciosa com o maior carinho para ele, até ontem ela nem imaginava cuidar do Wagner dessa forma.

— Amor, a sopa tá pronta — avisou entrando no quarto segurando a bandeja com a sopa em cima.

Moura se mexeu despertando. A tela do iPhone dele em cima da cabeceira da cama ascendeu, Manuela leu as mensagens e por acaso era da Sandra.

Ela colocou a bandeja em cima da cama, Moura passou a mão no rosto despertando do sono.

— Obrigado — agradeceu sentando na cama outra vez e escorando as costas na cabeceira, ele cobriu o colo, pegou a bande e começou a comer a sopa, mas percebeu a Manuela séria. — O que foi?

— Nada. — falou seca e Wagner soube que tem algo errado.

— Me fala o que tá acontecendo, eu te conheço. E sei que tem alguma coisa te incomodando. — ele falou sério e Manuela se perguntou como ele conseguiu descobrir.

Ela tentou se segurar para não falar, porém as dúvidas sobre o relacionamento dele com a ex e o ciúmes falou mais alto. Manuela suspirou fundo.

— Por quê a sua ex te chama de amor?

Moura ficou confuso.

— Ela não me chama de amor, meu bem. — explicou.

— Certeza Wagner? — perguntou seria.

— Sim! Por quê eu mentiria pra você se estou completamente apaixonado?

— Então me explica o que significa isso? — Manuela pegou o celular e mostrou as mensagens na tela com os olhos cheios de lágrimas.

— Oh meu amor, eu tenho certeza que isso é coisa dela pra afastar a gente, a Sandra não presta!

— Me fala a verdade — Manuela respirou fundo um pouco nervosa — Você terminou mesmo com ela?

— Claro que terminei Manuela, eu juro pra você que eu terminei! — ele falou sério, não estava brincando e muito menos mentindo.

— Tudo bem, eu acredito em você. Mas desse jeito fica difícil ir mais além, a sua ex não larga o seu pé! — Manuela deu o celular para ele e se sentou na cama angustiada.

Moura não respondeu as mensagens da ex, mas aproveitou para avisar o diretor da peça que não iria para o ensaio hoje.

— Relaxa, eu vou tentar conversar com ela. Enquanto isso, não vamos deixar ela estragar a nossa relação que tá indo tão bem — ele pegou na mão dela dando um beijo e fazendo carinho.

— Eu quero você só pra mim. — falou olhando nos olhos dele, Manuela não gosta nem de pensar nele voltando para a ex, e perdendo-o totalmente.

— Eu sou seu. Mas e você, é só minha? — os olhos dele fitaram os dela.

— Eu sou sua, só sua. Completamente e totalmente sua.

— Eu adoro ter você só pra mim. — sorriu acariciando o seu belo rosto — Você é só minha — ele sussurrou a última frase no ouvido dela e ela sorriu.

Os dois se beijaram completamente apaixonados e sentiram os seus corações bater mais forte.

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The New Love | Wagner Moura Onde histórias criam vida. Descubra agora