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Se passaram alguns dias desde que Wagner ficou doente. Manuela e ele se encontraram mais vezes em bares, restaurantes, cafeterias e em sua casa. Estavam mais próximos e mais íntimos do que nunca! E o melhor é que continuam fazendo sucesso com a peça. No seu tempo livre Wagner passeia com os meninos como está fazendo agora. Falta uma semana para retornarem à LA.

— Querem almoçar em casa ou na rua?

— Em casa! — Salvador disse e os outros concordou.

Moura estranhou, eles sempre gostou de comer fora de casa. As pessoas mudam, às vezes é isso.

— Tá bom. José, para de correr, você vai cair! — chamou a atenção dele e ele continuou.

— Deixa ele pai, quando cair ele aprende — bem falou sem se preocupar.

— Não aprende Bem, até parece que não conhece o seu irmão. — Moura terminou de falar e José foi de cara no chão. — Puta que pariu José!— falou bravo indo levantar o José, que chorava com o joelho ralado. — Eu falei não falei?

Moura brigou com ele e assoprou o joelho do menino para aliviar a ardência. O baiano ficou nervoso com a desobediência do filho caçula e pegou o menino, jogando por cima do ombro e carregando como saco de batatas.

Voltaram para a casa, o menino ainda chorava um pouco.

— O que aconteceu? — Sandra perguntou preocupada.

— José caiu e ralou o joelho. — Moura contou indo pegar o kit de curativo e voltando logo depois.

— Mas como é possível? Eu deixo os meninos com você uma vez e acontece isso? — falou indignada e Moura lançou um olhar maligno para ela.

— Não começa. — ele começou a limpar o ferimento e José começou a chorar mais. — Quietinho filho, papai tá limpando pra fazer o curativo — falou concentrado no que está fazendo.

Sandra se aproximou dos dois, passou a mão nos cabelos pretos do garoto, e beijou a testa dele.

— Papai já tá terminando o curativo — Sandra o tranquilizou.

— Prontinho Zé — Moura terminou o curativo. — Não foi pra tanto, né?

José enxugou as lágrimas balançando a cabeça negativo.

— Quero água. Bem, me ajuda?

Impossível falar "não" para aquela carinha de cachorro sem dono.

— Ajudo seu moleque, vem cá! — Bem leva José até a cozinha e Salvador acompanha deixando os pais deles a sós.

— O que aconteceu para o José cair e ralar o joelho? — Sandra questionou ajudando Wagner recolher as coisas que ele usou para fazer o curativo.

— Ele tava correndo, eu falei para ele parar de correr. Adivinha o que ele fez?

— Continuou correndo e caiu.

— Exatamente. — Moura jogou as coisas no lixo e voltou para a sala. — Hoje tem a peça. Você vai levar os meninos?

— Vou sim! Eu tava pensando da gente ir para algum lugar na Bahia passar o final de semana já que a peça termina hoje, né?

— Eu quero ir pra Bahia também, mas agora não dá.

— Que pena. Vem cá — segurou a mão dele — eu tenho uma coisa para você — levou ele até a cozinha e ele foi sem entender.

Quando chegou, se deparou com um bolo aparentemente delicioso de chocolate, comes e bebes em cima da mesa, e seus filhos e seus amigos. Sentiu seus olhos encherem de lágrimas.

The New Love | Wagner Moura Onde histórias criam vida. Descubra agora