Capitulo 12

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Tava indo até tudo bem entre eu e a Marques, mas hoje eu me estressei legal com ela, ela tava me dando uma raiva gigante.

tava na minha sala e me deu vontade de ir tomar um café, quando sair nos corredores, e dei de cara com a capitã.

quando ela me viu chegando, revirou os olhos e milagrosamente não falou nada para me provocar.

eu precisava de um pouco de energia e talvez encher a paciência dela seria legal.

— que milagre a capitã marrentinha não ter falado nada pra me provocar — digo e dou um gole no café

— quer dizer que agora eu tenho apelido? " capitã marrentinha" até que n é tão ruim, vou criar um especialmente para você, e vou usar principalmente nas horas que você estiver irritado — ela da um sorriso e volta para sua sala.

Naquele momento eu senti algo diferente nela depois de 1 mes dela aqui , n sei oq era, mas não quero nem pensar — imagine eu e ela? não quero nem pensar.

eu fiquei ali pensando nisso e logo voltei para minha sala.

a noite ja tinha acabado, era ja de manhã, para ser específico era 6 hrs, eu finalmente tinha acabado tudo e podia ir pra casa.

arrumei minhas coisas e fui embora, quando sai da sala , vi a capitã indo embora, ela me olhou e deu uma piscadinha, acho q o ódio q ela tem por mim tá passando.

ah sim, e eu dei um sorrisinho de lado pra ela, — não sei oque tá acontecendo comigo

fui direto pra casa, quando cheguei apenas troquei de roupa e fui dormir.

O sol escaldante da manhã carioca já castigava o asfalto quando eu cruzei o portão do BOPE. Mas um dia de luta pela ordem na cidade.

caminhei pelos corredores do quartel, o aroma forte do café se misturava ao cheiro de suor, Ao passar pela sala de desviando, meus olhos se fixaram em algo que me fez parar de repente: na mesa, aberto sobre uma pilha de papéis, estava um exemplar do jornal liberdade, com a minha foto estampada.

Em letras garrafais na página principal, a manchete falava: ASSASSINO SANGUINÁRIO.O meu sangue gelou nas veias, eu me aproximei da mesa e peguei o jornal e li o artigo com fúria.

As palavras da jornalista, me cortavam como facas

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As palavras da jornalista, me cortavam como facas. Ela me acusou de ser tirano implacável, violar direitos humanos e mostrar acusações fascistas sobre mim, Cada frase era um soco no meu estômago,

— Ela não sabe oque fala! — eu rosnei e logo amassei o jornal.

— " Nunca pisou no asfalto quente da rocinha , nunca viu como funciona o esquema desses vagabundos, e é fácil falar de direitos humanos quando está longe de cada beco".

De fato eu era extremamente violento quando se tratava das favelas, mas afinal, é assim que as coisas funcionam lá, Ou é a polícia que acaba com um tiro na testa, ou é vagabundo.

— Que foi Nascimento? — Marques entra na sala — Parece meio abatido.

Eu jogo o jornal sobre a mesa a sua frente, e Marques se aproxima indignado.

— Assino sanguinário? eles querem que você faça oque com traficante?? dê gagau e ponha para dormir? desamassou o papel.

— Eu também não entendo Marques — Passou a mão sob os cabelos — Oque mais me irrita nem é isso. — Eu tomo o jornal da mão dela e indica o parágrafo. — Agora dizer que eu faço parte da milícia de extrema direita...

— Liga para isso não.. essa tal da jornalista só diz isso pq nunca entrou de fato numa favela.

— Deve ser a princesinha defensora dos direitos humanos. soltei uma risada.

OSSO DURO DE ROER!Onde histórias criam vida. Descubra agora