CAPITULO 2

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CAPITÃO NASCIMENTO

Eu não sabia quem era aquela mulher, mas algo nela me despertava uma raiva avassaladora dentro de mim. Mesmo sem conhecê-la, eu sentia um ódio profundo, como se ela fosse uma versão de tudo que eu repudiava. Seus gestos, sua voz, tudo me irritava de uma maneira que eu mal podia controlar.
Agora estou aqui,puto da vida na sala do tenente barcellos.

- Mas que porra foi aquela? Uma capitã? Eu sou o capitão dessa merda, Essa é a minha equipe e eu mando. E vocês nem se quer me avisaram que trariam essa vadia pra trabalhar aqui? - digo suando frio de tanto ódio, com vontade de voar na cara do barcellos e do carvalho.

- Abaixa a bola porra, ela vai ajudar à equipe melhorar, ela é muito eficiente e dedicada. E outra, não era você que queria tanto ser substituído? Nao queria sair do BOPE? Não entendo essa sua raiva . - Barcellos diz e eu me controlo pra não meter um murro na cara desse imbecil.

- Isso era quando eu ainda tava com a Rosana, caralho, agora eu quero focar nessa porra, e eu quero fazer isso "sozinho"- dou ênfase no "sozinho".
- O nascimento se controla, ela nunca fez nada pra você, somente se apresentou, e você vem com essa raiva toda? Se controla para nao dar b.o - olho pra ele com uma raiva inexplicável e saio da sala puto.
A presença da nova "capitã" mexeu com a minha determinação de trabalhar sozinho, me deixando ainda mais perturbado e desafiado.

Fui pra casa para me acalmar e não pensar nesses idiotas, Entrei em baixo do chuveiro, sentindo a água cair sobre o meu corpo, levantei a cabeça para sentir ela caindo sobre o meu corpo, neste momento só pensei em me acalmar, Mas depois de um tempo, o rosto dela me veio a mente, aquela voz insuportável, os gestos dela, a forma como ela andava, a forma como ela prestava atenção em cada rosto presente naquela sala e por fim a forma como ela tentava demonstrar a auto confiança e a tranquilidade.

No momento em que ela veio em minha mente, meus músculos começaram a se contrair, me fazendo desligar o chuveiro e sair de novo para aquele inferno e ter que conviver com o própria demônia.

chegando no batalhão fui direito pra sala de descompressão. chegando próximo da sala, os soldados que estavam lá, me olharam entrar, meio receiosos, acredito que eles estejam assim por conta minha saída brutal da sala do tenente, mas logo chegaram os meus amigos fazendo boas piadas e me fazendo soltar risadas.

mas logo minha diversão acaba. As pessoas que estavam na sala começaram a falar sobre a tal nova "capitã". Falando como ela era linda, gostosa, gata, e , diversas outras coisas que nem gosto de pensar na reação dela se ouvisse, Todos eles estavam encantados com a beleza da tão encantadora morena maldita devo dizer "capitã". Eles só estão reparando na beleza dela é tão pouco se fodendo para saber se ela é tudo isso que dizem. Eu só quero ver ela na primeira operação, vai ser um desastre, assim como a entrada dela no meu batalhão.

Depois de um tempo conversando, vejo a cena que eu mais odiava ver, aquela mulher, aquela bendita mulher, passando pelo corredor. A medida que ela ia passando, as cabeças se viravam pra vê-lá, como se ela fosse alguma deusa.

Mesmo sem ela entrar na sala, a presença dela é o suficiente para despertar trilhões de sentimentos hostis dentro de mim. Meus olhos pairaram nela por um breve momento, faiscando com desprezo. Cada vez que meus olhos se encontram ela sinto a chama do ódio queimar no meu peito, desejando matá-la.
Logo após a saída dela, vários cochichos falando dela ecoavam na sala, sai logo quando eles começaram a falar dela, não aquento mais nenhuma palavra que se direcione à ela, não quero saber nada em relação a ela.

OSSO DURO DE ROER!Onde histórias criam vida. Descubra agora