OSSO DURO DE ROER!

Capitulo 19

Depois que as meninas foram embora, senti algo forte no meu peito, Não sei só estava com medo de algo ruim acontecer ou se só estava aflita e pensativa sobre tudo que aconteceu.
Levantei fui até a varanda respirar um pouco. Olhei no relógio da cozinha, Quase 4 hrs da manhã. Peguei uma água e me sentei do lado de fora.
A noite tá tão linda, o céu estrelado, tudo escuro do jeito que eu gosto, Nem parecia que alguns dias atrás eu tinha presenciado aquele show de horror.
Sentia que não podia pensar sobre, então coloquei uma música baixinho.

Fiquei na varanda pensando sobre tudo. Tudo que tinha acontecido comigo desde que entrei no BOPE.  Pensei muito sobre o Roberto ,não sabia se era certo me envolver com ele mais do que já estou envolvida.

Acordei com meu despertador tocando, Corri para tomar um banho e pegar as minhas coisas e sai correndo pro carro. Eu nunca acordava 6 hrs , sempre acordava antes para que eu conseguisse arrumar minhas coisas com o tempo o suficiente.

Cheguei na minha sala e logo o matias veio até mim e começamos a conversar enquanto eu resolvia a papelada... minha cabeça doeu por um tempo mas depois parou, eu estava tomando remédio para ver se aliviava um pouco.
Eu escrevi sobre uns três casos, também resolvi algumas papeladas que colocaram na minha mesa ( nem era minha obrigação, mas fazer oque né).

Fui convocada para uma reunião.

Todos os membros do BOPE estão reunidos no pátio do batalhão, Ouço gritar alguns direcionamentos para a equipe de longe, Todos respondem as suas ordens e se dividem em seus carros.

Quando finalmente me aproximo, vejo Nascimento conversando com matias e mais o caveira 66 .

— Bom dia senhores. Os cumprimento e 66 me estende a mão.

— Bom dia Capitã,  66 diz e se retira em direção a um dos carros.

—Bom dia Marques. Nascimento fala disperso analisando algumas folhas na mesa que está no centro do pátio.
— Você vem no carro comigo,vamos começar com a entrada pela lateral.
Ele me orienta mostrando o mapa a nossa localização.

Assim que chegamos subimos o morro,
Antes que eu pudesse indagar alguma coisa, Nascimento guia eu e matias e 66 para a viatura onde vamos dar início a missão.

— Matias você lembra do que tratamos eu e Marques vamos pelo sul e você e 66 nos cobrem até subirmos onde aqueles filhos da puta estão. Eu reforço o planejamento com os soldados que estão atentos às ordens.

Matias dirige de maneira rápida pela rodovia. Eu repasso a eles mais informações sobre a entrada.

— Marques você sobre comigo.
Eu apenas concordo com a cabeça.

Seus olhos me fitam
incansavelmente pelo retrovisor do carro.

Assim que matias estaciona, Eu desço da viatura e transpasso a bandoleira de meu fuzil pelo meu pescoço. Nascimento logo na sequencia desce e repete o mesmo. Acompanho suas ordens e seguimos pela viela mal iluminada pelo tardio nascer do sol.

66 e Matias estao logo atrás cobrindo o perímetro.

Nos afastamos deles e seguimos pelas estreitas passagens . Em um determinado ponto, Roberto faz um sinal para que eu fique de frente pra ele.

Matias e 66 aprecem e se agacham a minha frente. Vemos a movimentação de duas figuras armadas no andar de cima. Claramente é um grupo de jovens que esta usando drogas e fazendo algazarra em um ponto de encontro. Matias e 66 aguardam o sinal e abrem fogo.

Roberto me sinaliza para subir e deter os jovens. Aponto o fuzil em direção a eles e 66 e matias fazem o mesmo.

— Quem estava com a mercadoria?
Nascimento grita com o grupo de jovens em busca de respostas. Ele apanha um dos meninos e o segura pela roupa.

Matias e sua equipe se encontram dividindo o grupo e dando o apoio a mim e a Nascimento.

— Quem era o dono da carga?
Foi a minha vez de perguntar, Eu apanho uma menina com brutalidade e aponto a pistola pra ela.

— Quem matou esse cara aqui? Eu levo o rosto da jovem ao corpo sem vida do bandido que matias abateu.

— QUEM MATOU ESSE CARA AQUI? repito impaciente e a garota me responde apontando para seus soldados.

— QUEM MATOU ESSE CARA AQUI FOI VOCÊ!

— Por que você financia essa merda aqui é você, Sua vadia! Eu berro sabendo que ela é mais fraca.

— Agora me fala quem estava com a carga! Eu engatilho a pistola.

A jovem aponta para um dos meninos que estava acolhido no chão. Ele tenta se desprender de Nascimento, mas ele o segura com mais brutalidade.

— Você que estava com a carga filho da puta? ele soca repetidamente o rapaz.

— Nascimento! matias o adverte e o capitão solta o menino.

Matias o segura pelo braço e caminha retornando o trajeto que fizemos.
Os demais jovens são escoltados pelos soldados e acompanho Nascimento na descida do morro.

Caminhamos pesadamente até a saída da favela e Nascimento profere algumas palavras a seus soldados.

Sigo e entramos novamente a viatura. Dessa vez matias e 66 escoltavam o grupo de garotos e garotas na viatura de 66.

Nascimento adentra a viatura e eu faço o mesmo.