Renascimento do Amor (Mpreg) | livro Um - recordando o Amor

Capitulo Trinta e Três

Allan Jones:

O tempo passou rápido, quase como se estivesse escorrendo pelos meus dedos sem que eu percebesse. Um dia estávamos ajustando pequenos detalhes e, no instante seguinte, lá estávamos nós, no dia que escolhemos para o casamento. Era como se o mundo tivesse acelerado e, de repente, tudo o que havíamos planejado estava prestes a se concretizar.

Acordei naquela manhã com uma mistura de nervosismo e excitação. O ar parecia diferente, mais leve, como se o universo soubesse que hoje seria especial. Michael estava ao meu lado, ainda adormecido, seu rosto sereno contrastando com a agitação no meu peito. Fiquei ali por um momento, observando-o, absorvendo a paz que ele sempre trazia, mesmo nos momentos mais intensos.

Lentamente, levantei-me, sentindo a gravidade do dia cair sobre mim. A casa já estava movimentada, com Lisa, Anastasia e todos os outros correndo de um lado para o outro, cuidando dos últimos detalhes. Mas dessa vez, ao contrário de todas as outras vezes em que fui gentilmente "expulso" dos preparativos, eu sabia que estava em um papel diferente hoje. Hoje não havia mais o que corrigir ou organizar. Hoje era apenas o momento de viver o que tanto planejamos.

Conforme as horas passavam, pude sentir a energia mudar, o nervosismo dando lugar a uma antecipação feliz. O local do casamento, cuidadosamente decorado com cada detalhe que discutimos inúmeras vezes, estava perfeito. As flores, as luzes, a música suave ao fundo — tudo parecia como uma extensão dos nossos sonhos.

E quando finalmente me vi pronto, vestido e preparado, foi como se todo o peso dos últimos meses desaparecesse. Michael, ao meu lado, compartilhava daquele mesmo sorriso nervoso, mas cheio de amor. Hoje era o nosso dia, e a paz que sentíamos antes se transformou em uma emoção quase palpável.

O sol brilhava lá fora, e eu soube, naquele momento, que estávamos exatamente onde deveríamos estar.

O cenário do casamento era de tirar o fôlego, como se tivesse saído diretamente de um conto de fadas, exatamente como havíamos imaginado nos meses de preparação. O local escolhido era um jardim amplo, cercado por árvores altas que pareciam guardar o espaço com um toque de magia natural. O céu estava limpo, um azul profundo com o sol dourado brilhando suavemente, sem ser intenso demais — a luz perfeita para o momento que estávamos prestes a viver.

O caminho até o altar estava decorado com arcos de flores brancas e lilases, delicadamente entrelaçadas com folhagens verdes. As pétalas das flores balançavam levemente com a brisa suave que soprava, criando um movimento quase hipnotizante. Pequenas luzes suspensas entre as árvores piscavam como estrelas em plena luz do dia, preparadas para iluminar a noite que se aproximaria depois da cerimônia. Elas adicionavam um toque de encantamento, um brilho suave e caloroso que, mais tarde, daria ao ambiente uma atmosfera ainda mais íntima.

As cadeiras estavam dispostas em fileiras perfeitamente alinhadas, decoradas com fitas de seda cor creme que se moviam com o vento, dando a impressão de que tudo estava em harmonia com a natureza ao redor. Nas pontas de cada fileira, vasos de vidro transparentes continham arranjos florais exuberantes, trazendo um toque de cor e frescor para o ambiente.

O altar era uma verdadeira obra de arte. Montado sob um grande caramanchão de madeira rústica, coberto por uma profusão de rosas brancas, heras e lírios, o espaço parecia tanto elegante quanto acolhedor. As flores pendiam de forma graciosa, criando um arco natural onde nós dois estaríamos em poucos minutos, prontos para trocar nossos votos. Havia cortinas de linho leve, fluindo com o vento, adicionando um toque etéreo ao cenário.

Velas estavam dispostas por todo o jardim, em lanternas de metal dourado que brilhavam à luz do sol e prometiam uma iluminação suave ao cair da noite. Pequenos detalhes faziam toda a diferença: desde os porta-retratos discretamente colocados em uma mesa lateral, com fotos nossas, até os delicados guardanapos de linho dobrados com cuidado nas mesas do jantar. Era a nossa história ali, em cada canto, em cada detalhe.