imagine

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Luna

— Here and now, it's time for celebration. — Os meninos começam, assim que a música começa a tocar pelos auto-falantes espalhados pela Times Square. Faltavam vinte minutos para meia noite, a maioria deles estavam um tanto alterados. — We finally figured out, oh yeah, yeah, that all our dreams have no limitations.

Eles improvisavam uma coreografia, eu só conseguia rir, mesmo que Joaquín se esforçasse para me incluir na dança, eu estava rindo tanto que não conseguia nem falar direito.

— Luna, você não está funcionando como a minha Gabriella! — O maior ri, me colocando no chão novamente.

— É porquê o Troy Bolton dela está com a cara fechada sentadinho do lado da mamãe. — Veiga provoca, apertando a cordinha de seu casaco.

Rio fraco. Ele foi quem demorou mais pra chegar, nós já estávamos aqui quando ele ligou avisando que estava vindo.

Me afasto um pouco dos meninos. Eles estavam animados demais, eu não tinha essa disposição toda. Apreciar o momento já era o suficiente pra mim, porque há seis meses atrás eu nem imaginaria estar aqui, em outro país, rodeada de pessoas que se importam. Eu estive em várias posições e nenhuma delas me dava a chance de pensar que as coisas melhorariam da forma que melhoraram.

E, a minha única certeza, é que eu era grata. Por tudo o que aconteceu; por Richard. Minha avó sempre dizia que nossos anjos tomam formas inesperadas, e eu demorei mais que o suficiente pra perceber que o meu anjo veio exatamente como deveria, no momento exato.

Não percebi que tinha começado a chorar. E, depois de muito tempo, minhas lágrimas não tinham nenhum pingo de angústia, ou tristeza, ou medo. Era felicidade. Era saber que minha filha tinha chances maiores de ter um futuro melhor agora; eu tinha chances de ter um futuro melhor agora.

— Cinco minutos, Luna! — Escuto a voz rouca de Richard se aproximar, ele me abraça por trás antes que eu pudesse me virar. — Vamos pra perto de todo mundo, vem.

Ele entrelaça nossos dedos e me encara assim que pode. Limpa meu rosto com sua destra e acaricia minha bochecha assim que termina. Richard também sabia que estava tudo bem agora.

— Está tudo bem agora, amor. — Recebo um sorriso, antes de um beijo no topo da cabeça e um abraço apertado. — E só vai melhorar, eu prometo.

Continuamos ali até que a contagem começasse. Quando as pessoas em volta começaram a gritar, Richard tomou minha mão novamente e se apressou pra nos guiar entre os corpos agitados ali. Estavam no quatro quando ele encontra Sandra; pega Sol no braço e envolve minha cintura com a outra.

Dois.

Um.

Eu estava pronta para começar a gritar junto com todo mundo, Sol estava batendo palmas, e, antes que eu pudesse pensar em qualquer outra coisa, Richard pressiona os lábios contra os meus.

Seus dedos apertam o tecido do meu vestido agora. Era como se todo o mundo se desligasse; estávamos no meio de uma das maiores avenidas do país, abarrotada de gente, mas, de alguma forma, Richard conseguia fazer parecer que éramos apenas nós dois. Eu estava me acostumando com aquela sensação, principalmente quando se tratava dele. Mas ao mesmo tempo, parecia uma coisa nova toda vez que nossos olhos se encontravam; quando seu toque me atingia ou quando ele simplesmente me chamava por algum apelido carinhoso.

E eu só me assegurava disso quando sua mão alcança a minha, que antes estava em seu rosto. Sem nem desgrudar nossos lábios, com os olhos fixos nos meus e um sorrisinho tão lindo que eu me derreteria facilmente.

— Feliz ano novo pra gente. Namora comigo?

alright, richard rios.Onde histórias criam vida. Descubra agora