Richard
- Eu sei do que falo, Rich. - Luna suspira, enquanto penteava os cabelos da filha. - Minha mãe não quer me ver, meu pai muito menos. Eu não preciso deles.
- A última vez que falou com eles foi há mais de um ano, Luna. - Retruco. - Você não sabe. Eu consegui o endereço deles e a gente pode ir agora. Eu vou com você!
Ela terminou a última trancinha no cabelo de Sol, suspira mais uma vez e aperta as mãos nos olhos, acho que estava tentando não chorar.
Eu, mais do que ninguém, sabia o quão importante é ter família por perto e talvez fosse disso que Luna precisasse. Eu conversei com a minha mãe por bastante tempo, ela também acha que é a melhor opção.
- Não vamos levar a Sol. - Murmura. - Por favor.
Eu não queria que ela sentisse como se eu desse as regras. Nem que ela se sentisse na obrigação de fazer o que eu digo por estar aqui. Então, por mais que eu quisesse que ela levasse Sol, eu não queria insistir em nada.
Digo que a esperaria lá em baixo, enquanto ela se trocava eu estava discutindo com a minha mãe.
- Ela está tão receosa. - Bufo, bagunçado os cabelos antes de voltar com os óculos para o lugar. - Eu não queria que ela se sentisse assim.
- É normal! - A mais velha tenta, guardando os últimos pratos - Ela foi expulsa de casa com poucas semanas de gravidez, é quase um trauma. Mas eu acho que eles estão dispostos a ouvi-la.
Ela conversou com a mãe de Luna pelo telefone mais cedo. Eu não sei como ela conseguiu o número, mas ela foi grossa com a mulher, então acredito que foi assim que foi recebida.
Luna deixa Sol com Gomez antes de se juntar a nós na cozinha. Minha mãe ia com a gente, só por segurança.
O caminho foi tranquilo, mesmo com a mais nova enrolando os dedos na manga do casaco que vestia impacientemente. Eu só queria saber o que se passa na cabeça dela.
- Tudo bem, ok? - Puxo sua mão para mim, deixando um beijo ali. - Vai dar tudo certo, relaxa.
O carro foi destravado e eu abria porta, esperando Luna sair para fechá-la.
A casa era grande e de cores claras. As portas e o pequeno jardim frontal já tinham a decoração de Natal e as cercas pareciam ter sido colocadas recentemente.
Minha mãe é a primeira a atravessar a grama sintética e deixar três batidas na madeira branca. Abraço a menor pelos ombros e a guio até a varanda, onde a porta não demora muito pra ser aberta.
O velho de pele escura e cabeça branca analisa bem cada um de nós, mas se mostra um tanto surpreso quando encara Luna.
Ela apenas passa o braço pelas minhas costas, agarrando o tecido da camisa que eu vestia.
— Olá, senhor Ramos. — Minha mãe se mostra bem humorada. — Eu sou Sandra Rios e esse é o meu filho Richard. Essa aqui é a Luna. — Ela puxa a garota de mim, usando toda a ironia que tinha — Caso te falhe a memória, sua filha.
— É eu sei bem disso. — Ele trava o maxilar, dando espaço para entrarmos — Inês, ela chegou.
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alright, richard rios.
Fanfiction"não é tarde demais pra construir tudo novamente. porque uma chance em um milhão ainda é uma chance e eu vou correr os riscos!" onde luna e sua filha bebê estavam sendo despejadas de seu apartamento. sem ter lugar para passar ao menos uma noite com...