012- Incompreensão

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Hiromi partiu em busca de água, enquanto Hitomi fixava o olhar em Cho Cho com uma expressão resoluta.

Hitomi  proferiu, sua voz carregada de urgência:

Hitomi- preciso que encontre uma muúba. Lembra-se da aparência dela? Página 234, terceiro parágrafo, do livro de sobrevivência em floresta da Academia Ninja.

Cho- Já estou indo! - respondeu Cho Cho prontamente, levantando-se com ímpeto e partindo em disparada para localizar a planta. A missão de salvar Shikadai tornara-se uma prioridade inadiável; não havia tempo para transportá-lo ao hospital, e qualquer atraso poderia selar seu destino ali mesmo.

Enquanto aguardava, Hitomi limpava a ferida com gaze, observando com crescente preocupação a pele de Shikadai, que já assumia uma palidez cadavérica e começava a exibir manchas estranhas no braço. Apesar de manter uma fachada de calma, por dentro ela estava à beira do desespero.

Hiromi retornou com a água e a entregou a Hitomi, que imediatamente lavou a ferida com a água corrente, purificando-a meticulosamente. Logo em seguida, Cho Cho voltou triunfante com a muúba, e Hitomi iniciou o procedimento.

Com mãos ágeis, ela pegou um pilão, triturou a planta até extrair seu fluido medicinal, despejando-o sobre a ferida de Shikadai. Em seguida, abriu sua bolsa e retirou um frasco contendo um líquido azul e misterioso.

Cho- O que é isso? - indagou Cho Cho, intrigada.

Hiromi- Nossa mãe... Ela deu esse presente para a Hitomi antes de falecer. É um remédio extremamente poderoso, capaz de curar qualquer tipo de ferida. E... está quase no fim.. -explicou Hiromi, a voz tingida de tristeza e reverência.

Aquele elixir era precioso para Hitomi, não apenas por ter salvado sua vida inúmeras vezes, mas também por ser uma lembrança de alguém muito especial. Mesmo assim, ela decidiu usar as últimas gotas para salvar a vida de Shikadai.

Hiromi- Tomi... Você vai mesmo fazer isso? - perguntou Hiromi, preocupado.

Antes que pudesse terminar, Hitomi derramou o restante do líquido sobre a ferida de Shikadai. A pele dele absorveu o remédio rapidamente. Ela contemplou o frasco vazio por um instante, suspirou e o guardou novamente na bolsa. Em seguida, aplicou uma bandagem firme no braço dele para estancar o sangramento. Sentiu-se aliviada ao ver que o veneno havia sido neutralizado e que o remanescente seria transformado em células benéficas, acelerando a recuperação.

Com a noite se aproximando, decidiram abrigar-se em uma caverna. Sem Shikadai, estariam em desvantagem, portanto, a busca pelos demais teria que esperar seu despertar. Hiromi carregou Shikadai nas costas, e juntos seguiram até uma caverna onde passariam a noite.

Enquanto Hiromi buscava lenha para a fogueira, Hitomi e Cho Cho preparavam as camas. Com a fogueira acesa e após consumirem os suprimentos que trouxeram, deitaram-se para descansar. Hitomi insistiu em fazer o primeiro turno de vigília, preocupada em monitorar Shikadai.

Sentada em silêncio, sua mente era um turbilhão de emoções conflitantes. Sentia-se confusa e estranha, seus pensamentos a atormentavam. Não sabia se odiava ou não o Nara, mas seu desespero fora palpável. O que teria acontecido? Por que ficara tão desesperada por ele?

Hitomi ficou tão absorta em seus pensamentos que sentiu seus olhos pesarem. Estava exausta, tendo realizado inúmeras tarefas na ausência de Shikadai. O excesso de chakra gasto para cuidar dele a deixara debilitada, e ela se perguntava por que estava dando tanto de si por ele, sem entender o motivo.

Finalmente, rendida pelo cansaço, Hitomi deitou-se ao lado de Shikadai. Apenas assim, estando tão próxima a ele, foi capaz de ceder ao sono. Felizmente, Hiromi, incapaz de dormir, permanecia de olhos abertos, encarando o vazio. Ele parecia saber que sua irmã não aguentaria manter-se acordada por muito tempo. Perplexo com toda a situação, Hiromi sentia-se corroído por um misto de ciúmes e incompreensão. Não conseguia entender por que Hitomi se importava tanto com Shikadai, e isso o perturbava profundamente.

Enquanto Hitomi dormia, Hiromi refletia sobre o que testemunhara. A dedicação quase obsessiva de Hitomi para salvar Shikadai o deixava inquieto. Ele não gostava do Nara e o ressentimento só aumentava com a incerteza sobre os sentimentos de sua irmã. O ambiente na caverna era silencioso, exceto pelo crepitar da fogueira, e a tensão pairava no ar, invisível, mas palpável.

Hiromi, imóvel e vigilante, sentia seu próprio desconforto crescer. Ele não podia desviar os olhos de Hitomi e Shikadai, lado a lado. A noite avançava lentamente, e cada som parecia amplificar seus pensamentos. Sentia-se responsável por proteger todos, mas também carregava um fardo emocional que não conseguia compreender totalmente. Ele sabia que os desafios à frente exigiriam toda a sua força e clareza, mas, naquele momento, a mente de Hiromi estava dominada por um turbilhão de emoções conflitantes, e todas elas por causa da sua irmã que era uma das únicas coisas importantes que ele tinha na vida.

𝕺 𝕽𝖎𝖙𝖚𝖆𝖑 𝕯𝖔 𝕬𝖒𝖔𝖗 |ˢʰᶦᵏᵃᵈᵃᶦ ᴺᵃʳᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora