11 - JOEY

13 3 12
                                    

Joey

Por mais que Joey seja uma pessoa controlada e que raramente deixa suas emoções tomarem o controle de si, algumas vezes esse autocontrole era tão difícil quanto levantar um tronco de uma árvore com as forças dos braços.

Ele sentia seu coração martelar entre as costelas, com força. Além de sua respiração se tornar irregular e ofegante, dando-lhe uma tremedeira que, a princípio, era inexplicável e sem razão. Mas havia sim um motivo e uma razão para tal sensações horríveis.

Estava passando por uma estrada que se eleva junto a base de uma montanha. Sem dúvidas o caminho mais difícil que eles fizeram desde que deixaram Whitestone a cerca de quatro dias atrás. Pelo menos, estavam mais perto de seu destino final, mas tinham que passar pelas montanhas que sempre viam de longe, minúsculas acima da linha do horizonte. Os cavalos estavam cansados a maior parte do tempo, e a carroça, por muitas vezes, parecia que ia cair precipício abaixo. Graças a Nathan e sua sagacidade, isso foi impedido muitas e muitas vezes conforme subiam.

Pararam para descansar quando a estrada voltou a seguir um caminho não tão íngreme. Era um pequeno desfiladeiro onde nas laterais haviam gigantescas paredes que eram uma parte da montanha que ainda subia por dezenas, senão, centenas de metros. Durante o acampamento nessa noite, Joey fora o único que não conseguiu dormir direito. Ficou acordado ouvindo o vento sussurrar em seus ouvidos, às vezes ele ouvia vozes de fato, mas colocou em sua cabeça que eram seus pensamentos lhe causando alucinações auditivas.

Ele agarrava, com força, o colar que Sunny fizera antes dele assumir viagem e ir embora. O girassol de ferro estava aquecido sobre sua pele, uma constante lembrança agradável de sua casa que viveu nesses últimos anos. Mas agora era obrigado a retornar a sua antiga casa, onde nascera e crescera parte de sua infância, mas agora, era o local onde ele perdera tudo.

Mesmo sabendo que sua irmã de fato pode está viva, esse pensamento de culpa e de que estava sozinho no mundo lhe assombrava a cada noite. Deixando-o sem dormir direito. E os sonhos ficaram mais comuns e perturbadores à medida que eles se aproximavam do Vale Estelar.

Joey viu o sol amanhecer, e acordou o grupamento quando os raios de sol iluminavam parte da estrada entre aquele desfiladeiro estreito. Após um café da manhã de carne seca e pães, eles seguiram viagem novamente, mas, dessa vez, era garantido que poderia ser a última viagem, pois, eles estavam entrando em seu objetivo.

一 Mal posso esperar para ver o Vale Estelar pela primeira vez 一 disse Serena, se espreguiçando em cima de seu corcel. 一 Sempre ouvir histórias da beleza desse lugar. Estou realmente animada.

一 Deve está cheio de montanhas e cheio de neve. 一 Zanny parecia um pouco sem paciência.

Muito provavelmente, na verdade, com certeza, era que Zanny odiava acordar cedo. Joey o acordou no exato momento em que o sol nasceu, que agora estava se escondendo atrás das montanhas.

一 Mesmo embaixo de camadas de neve 一 disse Joey, em um tom de voz que não dava para perceber se ele estava sendo sério demais ou triste por algo. 一 Mesmo assim, o Vale é maravilhoso e cheio de suas belezas escaldantes e seu perfume aromáticos.

一 Ah, mas não vejo como caralhos tudo isso pode ser bonito em volta de um monte de rocha e gelo.

一 Você sempre foi ignorante assim mesmo? 一 Serena repreendeu-o com as sobrancelhas cerradas.

一 As vezes ele é assim mesmo 一 disse nathan, logo atrás deles.

Houve um resmungo de sono vindo da carroça de transporte. Por entre lençóis que foram jogados em cima de alguma coisa, ou melhor, de alguém, uma pessoa se levantava. Quando o lençol caiu, os cabelos negros e lustrosos de Hannah ficaram em seu rosto, quase que cobrindo a face completamente.

SANGUE SOBRE A NEVEOnde histórias criam vida. Descubra agora