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Tamara

Zona de conforto.

É assim que me sinto quando estou com alguém que gosto, como se estivesse no lugar mais confortável do universo, onde todos problemas desaparecem.

Minha zona de conforto tem nome, Davi.

Quando o conheci pela primeira vez na mansão da Zara, senti algo diferente nele, talvez pelo jeito como ele cuida e apoia a melhor amiga. Eu sei que não a vê só como amigo, mas apesar de todos seus sentimentos, ele ainda pôde ir ver a moça que gosta se casar com o outro.

O Rubém é como um irmão pra mim, mas não entendo como durante esses anos todos, a Zara não se apaixonou por alguém tão incrível como o Davi. Ele é um sonho de qualquer mulher, alguém que está sempre ali pra ti e não sai do seu lado nem um momento.

Meus sentimentos se firmaram mais, pelo tempo que passamos juntos tanto na praia, quanto em alguns outros eventos e encontros de amigos.

— Tamara! Tamara! – a Ana me chamando me tira de meus devaneios.

— O que foi, Ana?

— Bem, eu... Eu queria sua ajuda para escolher uma roupa para o encontro com o Adélio.

Outra que não entendo, como uma moça linda como a Ana vai se apaixonar pelo bobo do meu irmão?

— Me mostra suas opções.

Depois de revirar o armário, ela provar várias opções de looks, finalmente encontramos um macacão curto, de tom nude, cinto preto e botinhas de veludo pretas. Ela soltou suas tranças afro, uma make básica e estava pronta.

Simples e maravilhosa.

— Está incrível, amiga. – digo orgulhosa dela.

— Obrigada. Me deseje sorte!

— Boa sorte.

...

Resolvi dar uma volta pela quadra de basquete, procurando por alguém em específico e para minha sorte lá estava ele jogando com o time de seu curso, num jogo amistoso.

Sorrio ao vê-lo jogar incrível como sempre, não entendo nada de basquete, mas eu acho que ele é melhor jogador que já vi jogar.

— Você com tudo, Davi.

Meu sorriso desaparece ao ver a Mary torcendo por ele na bancada, essa menina me irrita profundamente, além de ter magoado meu irmão, tenho a certeza que não é flor que se cheire. Por mais que a Zara e o Davi digam que ela é incrível, não acredito nisso.

— Ex cunhadinha. – diz Mary ao se aproximar de mim.

— Mary.

— Não sabia que gostava de basquetebol. – comenta ela.

— Você pode não saber o que eu gosto, mas tem uma coisa que sabe que eu não gosto.

Mary ri.

— Acho que pelo bem de nossos amigos, devíamos nos dar bem.

— Eu posso ser educada, mas ser sua amiga ou fingir que gosto de você, esquece.

Antes que pudéssemos continuar nossa pequena guerra fria, Davi e José se aproximam, nem tinha notado que ele está no time de basquetebol.

— Oi, meninas. Não esperava vos ver aqui. – diz Davi.

— Vim aqui te ver jogar, sabe que sou sua maior fã. – diz Mary sorridente.

— Eu sei, você não cansa de me dizer isso. – diz Davi sorridente.

Posso arriscar dizer que seu sorriso é o mais lindo que existe.

Alguém pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora