Olivia acordou cedo naquela manhã, com um sonho vívido ainda ecoando em sua mente. No sonho, SN estava sorrindo para ela, sua voz suave e reconfortante. "Não posso estar apaixonada," Olivia disse a si mesma enquanto se levantava da cama. Mesmo que não houvesse nenhuma regra que proibisse relacionamentos entre colegas de trabalho, a ética e a dinâmica de poder a faziam hesitar.
Ela seguiu sua rotina matinal: uma corrida pelo Central Park, seguida de um banho quente e um café forte. Enquanto se preparava para sair, os pensamentos sobre SN continuavam a rondar sua mente. Havia algo especial naquela detetive brasileira, algo que Olivia não conseguia ignorar.
Chegando à delegacia, como de costume, foi a primeira a chegar. Ao adentrar o ambiente silencioso, Olivia parou a centímetros de sua porta, notando algo diferente. SN estava dormindo em sua cadeira. Olivia caminhou lentamente até a porta, tentando não fazer barulho, e abriu-a com cuidado. Deixou sua bolsa no chão e se aproximou de SN.
A visão de SN dormindo suavemente tocou Olivia de uma maneira que ela não esperava. Os cabelos de SN estavam levemente desarrumados, caindo em frente ao rosto. Olivia, movida por um impulso gentil, afastou os fios de cabelo com delicadeza, fazendo SN suspirar em seu sono.
"O que estou fazendo?" Olivia se perguntou. Se fosse qualquer outro detetive, ela provavelmente ficaria irritada por encontrá-lo dormindo em seu escritório. Mas com SN, tudo parecia diferente. Desde o dia em que chegou, SN a fazia sentir de uma maneira que não sentia há anos.
Olivia fez um carinho leve nos cabelos de SN, e sentiu a detetive despertar aos poucos. SN abriu os olhos devagar e, ao ver Olivia, se assustou.
"Me desculpa, capitã Benson. Eu ia apenas terminar o caso e acabei dormindo. Sinto muito, não vai se repetir. Não quero que isso aconteça novamente," SN disse apressadamente, com uma expressão de medo.
"Fique tranquila. Você fala demais, SS," Olivia respondeu com uma voz amável, tentando acalmá-la. "Está tudo bem. Eu pedi que, se quisesse dormir, dormisse em meu escritório. É mais seguro. Fico feliz que me ouviu. E outra, você dorme de um jeito bonito. Não pagou mico ou algo assim. Se fosse eu, já não poderia dizer o mesmo." Olivia riu internamente ao ver SN relaxar um pouco e sorrir.
"Tenho quase certeza de que poderia sim dizer o mesmo, mas de verdade, obrigada por não me deixar encrencada. Tenho que ir ao banheiro. Devo estar um desastre, meu cabelo e minha roupa," SN disse, ainda um pouco nervosa.
"Se te faz sentir melhor, não está um desastre. Está simplesmente linda como sempre," Olivia respondeu, percebendo tarde demais o quão íntima sua fala soava. SN engasgou, surpresa, e Olivia tentou corrigir. "Vou te dar uma camisa social que tenho em meu armário. Pode ficar com ela, ok?"
"Muito obrigada, Olivia," SN disse, corando ligeiramente.
"Não me agradeça," Olivia respondeu, sentindo a tensão no ar.
Havia uma tensão palpável entre elas, evidente nos olhares e nas palavras. Cada interação parecia carregar um peso maior do que o simples profissionalismo. Olivia sentia seu coração acelerar quando seus olhares se cruzavam, e a mesma reação era visível em SN.
SN foi até o banheiro, tentando organizar seus pensamentos e sua aparência. Enquanto isso, Olivia se dirigiu ao armário, pegando a camisa social para SN. Ela a colocou cuidadosamente sobre a cadeira e se sentou, tentando focar no trabalho, mas seus pensamentos voltavam repetidamente para SN.
Quando SN voltou, seus olhos se encontraram novamente, e por um momento, o mundo pareceu parar. Olivia não pôde evitar admirar como SN parecia radiante, mesmo após uma noite cansativa.
"Obrigada pela camisa," SN disse, vestindo a peça.
"Não foi nada," Olivia respondeu, sentindo uma mistura de emoções.
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FROM VICTIMS TO LOVES
ФанфикFROM VICTIMS TO LOVES Após um doloroso término de noivado no Brasil, a talentosa detetive Sn/Ss decide recomeçar a vida em Nova York. Deixando para trás suas memórias e desafios, ela é transferida para a renomada Unidade de Vítimas Especiais (UVS)...