the rainy night

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Horas depois, Olivia estava em seu apartamento, sozinha. A chuva batia forte contra as janelas, um som que parecia ecoar a tempestade de emoções dentro dela. Ela estava na quinta taça de vinho, seus pensamentos voltando repetidamente para a briga, para as palavras dolorosas que haviam sido ditas, para a traição que sentira.

Cada trovão que ecoava parecia intensificar a dor, e as lágrimas continuavam a cair, misturando-se com o vinho que ela bebia. A solidão da noite, acentuada pela chuva incessante, refletia a desolação em seu coração, enquanto ela tentava entender como tudo havia dado tão errado, tão rapidamente.

Após a briga, SN se sentia confusa e culpada. O beijo com Alex tinha sido um escape momentâneo, mas as consequências a deixaram perturbada. Ela se sentia dividida entre o arrependimento por ter machucado Olivia e a frustração por não conseguir resolver os problemas em seu relacionamento. A raiva que sentiu no calor do momento agora parecia pequena em comparação com a tristeza e o remorso que a envolviam.

Olivia, por outro lado, estava devastada. A traição de SN e as palavras cruéis ditas durante a briga a deixaram em um estado de desespero e mágoa profundos. A quinta taça de vinho não era suficiente para anestesiar a dor que sentia, e a chuva lá fora só intensificava seu sentimento de solidão e abandono.

Enquanto isso, Amanda e Tutola estavam com SN, tentando convencê-la a conversar com Olivia. Amanda, com sua voz suave e conciliadora, tentava acalmar SN.

- Você precisa conversar com Olivia, SN. Não pode deixar as coisas terminarem assim. Vocês têm muito para resolver( disse Amanda, colocando a mão no ombro de SN.)

Fin, mais pragmático, acrescentou:

- Olivia está arrasada. Vocês precisam de uma conversa honesta e calma. Isso pode ser resolvido, mas você precisa dar o primeiro passo.

SN sabia que eles estavam certos, mas o medo da rejeição e da dor a paralisava. Finalmente, após muito incentivo, ela decidiu enfrentar seus medos e ir até o apartamento de Olivia.

Olivia ouvia a chuva tamborilando nas janelas quando uma batida suave na porta a trouxe de volta à realidade. Relutante, ela se levantou, sentindo o peso do vinho e da tristeza em seus ombros. Quando abriu a porta, deu de cara com SN, sua amada e, naquele momento, odiada parceira.

SN estava parada ali, vulnerável, com os olhos cheios de arrependimento e esperança.

- Olivia, por favor, podemos conversar?( pediu SN, sua voz baixa e calma, quase um sussurro.)

Olivia, ainda tomada pela dor e raiva, balançou a cabeça.

- Você já fez o bastante, SN. Não sei se posso perdoar isso como se fosse sómais uma coisa.(respondeu Olivia, a voz trêmula e amarga.)

SN, desesperada, tentou novamente.

- Liv, eu só preciso que me ouça. Por favor, deixe-me entrar.

Olivia começou a fechar a porta, mas parou de repente ao ouvir o apelido saindo dos lábios de SN. Algo na suavidade e na doçura daquela palavra a fez hesitar. Contra sua vontade, seu coração suavizou.

- Liv, por favor( repetiu SN, sua voz carregada de uma mistura de dor e esperança.)

O som daquele apelido, tão íntimo e familiar, abalou as defesas de Olivia. Ela respirou fundo, lutando contra o impulso de continuar a fechar a porta. Finalmente, contra a vontade de sua mente, mas seguindo o desejo de seu coração, ela deu um passo para trás, abrindo a porta um pouco mais.

- Entre (disse Olivia, sua voz finalmente cedendo, embora ainda carregada de emoção.)

SN entrou lentamente, sentindo um misto de alívio e apreensão. O apartamento estava em silêncio, exceto pelo som distante da chuva.

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