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Na manhã seguinte, Hadrian se levantou e percebeu que Riddle não estava na cama. Desde a confirmação do vínculo ômega, ele sentia a necessidade de estar com o mais velho, então passava o dia entrelaçado com ele. Caminhou até o banheiro e, após realizar suas higienes pessoais, seguiu até o closet e escolheu um dos seus vestidos para passar o dia. Dentre milhares de opções, escolheu um vestido verde musgo com detalhes em dourado; era delicado e com camadas esvoaçantes. Hadrian então seguiu para a sala de jantar, onde encontrou Tom sentado à mesa com um jornal em mãos.

— Bom dia! — desejou, sentando-se.

— Bom dia, Hadrian! — respondeu Tom, levando a xícara aos lábios.

O café foi silencioso, porém confortável para ambos. Tom seguiu para seu escritório, pronto para mais um dia de trabalho. Hoje ele iria receber a visita de alguns mercadores do reino Hufflepuff; os livros que havia encomendado também deveriam chegar hoje.

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Tom não compareceu ao almoço, mas Hadrian nunca admitiria que sentiu falta da presença do alfa. Algumas horas após a refeição, os livros solicitados por Riddle chegaram, e Luna, a bruxinha amigável que Hadrian havia conhecido, foi entregá-los. O reencontro deles rendeu uma boa conversa. O ômega descobriu que a garota loira era filha do dono do armazém onde Riddle comprou os livros; ela fazia entregas pelos quatro reinos para seu pai. Hadrian também perguntou sobre Bible e recebeu a notícia de que o pequenino havia tido filhotes com uma ornitorrinco chamada Pérola. Infelizmente, Lovegood não pôde ficar por mais tempo e logo partiu em sua vassoura para o reino de Ravenclaw.

Hadrian andava apressadamente pelo castelo. Assim que chegou ao escritório de Tom, bateu na porta.

— Entre! — a voz de Tom saiu abafada.

— Oi, Tom. Não sabia que tinha visitas — disse Hadrian, olhando timidamente para o lado.

— Não, está tudo bem, querido — respondeu Tom, sorrindo gentilmente.

— Hmpf! — a mulher que acompanhava Tom bufou, olhando para Hadrian com desdém.

Vendo aquilo, Hadrian se estressou e caminhou até Tom.

— Seus livros chegaram, estão na sua biblioteca! — anunciou ele, sorrindo.

— Oh, que bom! Muito obrigado. O livro sobre criaturas das trevas foi enviado também? — perguntou Tom.

— Sim, foi. Bem, já vou indo. Se precisar de mim, estarei no nosso quarto, amor — disse Hadrian, beijando levemente os lábios de Tom e lançando um sorrisinho irritante para a mulher.

— Tchau, meu bem! — Tom tinha um sorriso sapeca no rosto.

Hadrian saiu da sala e, ao caminhar pelo corredor, murmurou para si mesmo:

— Aquela vadiazinha! Espera, estou com ciúmes? Foda-se, estou mesmo! O Tom é meu! — E seguiu para o quarto principal.

No quarto, Hadrian tomou um banho demorado e depois vestiu uma roupa leve. Deitado na grande cama, adormeceu.

Mais tarde, Tom entrou no quarto rindo. Harry tinha ficado com ciúmes dele? Rindo da situação, Riddle tomou um banho e vestiu apenas uma calça de moletom azul-marinho. Deitou-se ao lado de Hadrian, agarrando sua fina cintura e beijando sua nuca branquinha.

— Boa noite, amor — sussurrou e logo adormeceu.

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Reino Gryffindor

— Arthur, envie este convite ao reino Slytherin. Preciso de meu filho presente neste baile — ordenou o rei.

— Sim, senhor — respondeu o Weasley, pegando o convite. "Jogou o filho nos braços de uma besta sem pensar duas vezes e agora o quer presente no baile de noivado do irmão. Sinceramente, o rei é patético", pensou ele.

— Ah, estou com uma dor de cabeça infernal. Se importaria de terminar de distribuir os convites, Arthur? — perguntou James, olhando para seu amigo de longa data.

— Não, tudo bem. Quanto mais tempo fora de casa, melhor — comentou Arthur.

— Molly está surtando de novo? — perguntou o rei.

— Sim, e o que mais me choca foi que foi ela quem deu a ideia de destruir o quarto do príncipe Hadrian. Ela diz que Lily adorou a ideia e lhe deu 5 mil galeões e 20 mil metros para plantio. Isso não é motivo para tamanha maldade contra o pequeno — suspirou Arthur.

— ELES O QUÊ? — gritou James, incrédulo. Como ele não sabia disso?

A resposta veio como um soco em seu rosto e uma facada em seu peito. Ele não sabia porque estava ocupado demais dando toda a sua atenção a Henry para perceber as necessidades de seu outro filho.

— Lembro-me do pequeno Harry pulando de alegria. Ele havia passado por uma pré-transformação e me disse: "Titio Arthur, agora eu sou um elfo! Não é legal? Eu ia falar ao papai, mas a ruiva feia me disse que ele não se importaria, pois Henry já tinha se tornado um beta completo e poderia começar seu treinamento, então preferi não incomodá-lo" — Arthur olhou para James, incrédulo.

— Qual seria a razão para isso? — perguntou James, sentindo seus olhos arderem.

— Talvez ela não queira que você saiba que Harry é fruto de um caso de uma noite com Severus Prince Snape, do reino Slytherin. Ele ocupa o cargo de pocionista e feiticeiro, e estará no reino dentro de uma hora — disse rapidamente Arthur.

— COMO ME DIZ ISSO SÓ AGORA, CABEÇA DE FOGO? — gritou James em plenos pulmões.

— Dentro de duas horas, o juramento que fiz com sua esposa será quebrado, e eu sangrarei pela boca até a morte. Não posso mais esconder isso. Esta mentira já foi longe demais. Prefiro morrer do que ver meu amigo de infância viver uma mentira e desprezar o próprio filho por capricho de uma vadia que nunca deveria ter saído da lama de onde veio — disse Arthur, dando as costas para o rei e saindo da sala.

A mente do rei entrou em combustão, ele havia sido enganado por todo esse tempo? E quem era Severus Snape? Ele não tinha suas respostas, porém iria atrás delas, por bem ou por mal.
Os olhos castanhos de James correram até o quarto em sua parede, ele e Lilian estavam abraçados nele e mantinham sorrisos enormes. A afeição e amor que sentia pela ruiva pareceu ter desaparecido e foi substituída pelo sentimento de culpa, ele havia falhado como pai ele estava tão cego ao ponto de não enchergar as negligências feitas ao seu primogênito, se levantando o rei seguiu até a ala médica do castelo, ele tiraria essa história a limpo. Não fazia sentido, ele se lembraria se tivesse tido um caso com o ômega do reino Slytherin, então por que não se lembra de nada?

— Poppy, preciso da sua ajuda!

— A que devo a honra, majestade? — se curvou educadamente.

— Preciso de um exame de análise de toxinas.

— Está se sentindo bem, meu senhor? — o olhou preocupada.

— Sim, só quero ter certa de algo antes de tomar decisões drásticas. — murmurou, seus olhos prometiam muita dor.

— Certo, por favor sente-se na maca. — disse a mulher pegando sua varinha.

Poppy balançaou a varinha e recitou algumas frases em latim fazendo aparecer um pergaminho.

— Deixe cair uma gota do seu sangue, majestade. — estendeu o papel. — Ótimo, agora o resultado sairá dentro de 24 horas. — sorriu gentil.

— Obrigado. — murmurou antes de sair da enfermaria.

𝐇𝐮𝐬𝐛𝐚𝐧𝐝 𝐎𝐟 𝐀 𝐁𝐞𝐚𝐬𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora