𝐇𝐮𝐬𝐛𝐚𝐧𝐝 𝐎𝐟 𝐀 𝐁𝐞𝐚𝐬𝐭

15

Quando Hadrian entrou no escritório de Tom, ele viu o alfa sentado perto da janela com um cigarro na boca. Perdido em pensamentos, Tom piscou quando o ômega entrou.

- Ah, Hadrian. Entre, entre. Sente-se. - Ele gesticulou para a cadeira em frente à sua.

Ele observou o ômega se aproximar, seus olhos demorando-se na maneira como seus quadris balançavam. Tom ainda não conseguia acreditar que esta bela criatura era seu marido. Ele teve que continuar se lembrando de que o elfo tímido e propenso a corar era o mesmo que se jogou em Tom com tanto entusiasmo poucas horas atrás.

- Então, como você está se sentindo? Ainda um pouco trêmulo? - Tom perguntou, mascarando sua crescente excitação com preocupação.
Ele não pôde deixar de notar a maneira como a camisa de Hadrian se agarrava ao seu corpo esguio enquanto o ômega se sentava. - Eu tenho que dizer, estou um pouco impressionado. Você é muito mais forte do que parece.

Tom sorriu, tentando parecer tranquilo, apesar de já estar imaginando todas as maneiras pelas quais poderia reivindicar o corpo sexy do marido.

- Bem, Tom, papai disse que você queria conversar comigo. - o ômega apertou os dedos.

- Claro, eu e você sabemos das intenções de Lilian e Dumbledore e precisamos tomar providências, há uma guerra se aproximando. - Tom soltou a fumaça. - Estou preocupado com sua segurança, então gostaria de saber se você quer ter aulas de defesa comigo.

- Bem, isso não irá te atrapalhar? - mordeu os lábios. - Não quero ser um fardo.

- Nunca, você nunca será um fardo. - Tom apagou o cigarro no cinzeiro. - Eu ficaria honrado em te ensinar, você parece ter afinidade com magia.

- Obrigado. - sorri.

- Sabe que não precisa ser tão tímido, não é? - o alfa sorriu. - Eu já provei seu corpo, sua boca, beijei cada pedaço de pele em seu corpo então acho que vergonha não é necessário.

Hadrian balbuciou algumas coisas com o rosto totalmente corado, tirando um riso do alfa.

- Desculpe, eu ainda estou me acostumando com tudo isso. Mas acho que posso me soltar um pouco mais com você.

Tom se aproximou, colocando sua mão no queixo do ômega e inclinando seu rosto para cima.

- Não se preocupe, meu amor. Estou aqui para te proteger e te amar, não importa o que aconteça. E juntos, não há nada que não possamos enfrentar.

Hadrian sorriu timidamente, sentindo-se seguro nos braços do seu alfa.

- Vamos começar seus treinos. - Tim pegou alguns livros sobre defesa e feitiços sombrios. - Leia, se ficar com dúvidas você pode me perguntar.

Hadrian pegou os livros e assentiu

- Claro, vou lê-los imediatamente. - ele corou um pouco - Obrigado, Tom. - ele olhou para baixo, depois de volta para Tom - Então, hum... Como você sugere que comecemos o treinamento?

Ele se mexeu um pouco no assento, claramente nervoso, mas animado

- Estou pronto para aprender o que você estiver disposto a me ensinar. - Ele sorriu timidamente, seu coração disparado ao pensar em passar mais tempo íntimo com seu marido.

- O primeiro feitiço é o crucio. - disse convocando um rato. - Crucio!

A luz vermelha atingiu o animal que gritava de agonia, o feitiço torturante dava a impressão de sua pele ser arrancada.

- O próximo, é o Avada Kedavra. Causa a morte instantânea e sem dor. - explica calmo. - Avada Kedavra! - a luz verde atingiu o rato que seu seu último suspiro. - Você conseguiu entender? São esses os feitiços que mais usamos em guerras, além de muitos outros.

Hadrian observou horrorizado o rato gritar de agonia sob o efeito do feitiço Crucio, seus olhos lacrimejando

- Oh meu... Entendo... - Ele respirou fundo, tentando se recompor - Sim, eu entendo. Esses são feitiços muito poderosos. - Ele olhou para baixo, sentindo-se um pouco enjoado. - Acho que nunca serei capaz de usar algo assim em alguém, não importa as circunstâncias. - Ele balançou a cabeça - Mas preciso aprender a me defender... Só por precaução.

- Você precisa aprender a não sentir piedade ou pena, em uma guerra você mata ou é morto. - disse sério. - Hadrian, você não pode ser tão piedoso. - Tom segura o rosto do ômega com cuidado. - Vamos para as masmorras, lá tem um homem que precisa ser torturado. - disse da do leves beijos no rosto dele. - Você vai ver, não é tão horrível como você pensa. - disse gentil.

- Vamos, bebê. - Tom o leva até as masmorras.

O local é escuro e frio, um homem está amarrado em uma cadeira e olha para Tom com ódio.

- Chegou a sua vez, escória. - riu. - Você vai sofrer antes de ir para o inferno.

Tom sentou Hadrian em uma poltrona e se aproxima do homem amarrado.

- Você achou uma vadia, e que vadiazinha linda! - sorriu o homem amarrado.

Um soco foi acertado na boca do homem.

- Você me dá nojo Peter Pettigrew. - rosnou. - Meu ômega não é uma vadia.

Tom se afastou pegando uma faca, o alfa fez alguns cortes em Peter que gritava por piedade. Hadrian sentiu uma estranha satisfação assistindo aquela cena, um monstro a menos no mundo.

- Tommy, os olhos dele! - Hadrian indicou sorrindo.

Após uma hora Peter estava morto e Tom coberto de sangue, ele se virou para Hadrian e o puxou para perto.

- Amorzinho, eu vinguei a Mia... - sussurrou, lágrimas brotando em seus olhos. - Esse desgraçado estrupou e matou minha sobrinha.... - Tom abraçou o ômega, escondendo seu rosto ensanguentado no pescoço dele.

Hadrian sentiu o rosto ensanguentado de Tom enterrar-se em seu pescoço enquanto o alfa o abraçava com força

- Oh Tom, sinto muito... - ele acariciou o cabelo de Tom, sentindo o amor e o apoio do ômega, apesar da cena perturbadora que eles tinham acabado de testemunhar - Você fez o que tinha que fazer para vingar Mia. - ele segurou Tom perto, tentando oferecer conforto - Eu sei que é difícil, mas tente esquecer, baby. - ele beijou o topo da cabeça de Tom - Você está em casa agora, seguro comigo.

Os lábios de Hadrian encontraram os de Tom em um beijo apaixonado, sentindo o amor e o desejo do alfa, apesar da cena horrível atrás deles

- Mmm... - Ele gemeu baixinho quando suas línguas se entrelaçaram, o gosto de sangue momentaneamente se misturando com a doçura do beijo - Tom... - Ele interrompeu o beijo, olhando nos olhos do marido - Você está coberto de sangue, deixe-me limpar você... - Ele pegou um pano próximo, limpando suavemente as manchas vermelhas do rosto de Tom.

Com um aceno de mão Tom trocou as roupas de seu corpo e as do ômega também.

- Estou aliviado que vinguei Mia... - suspirou olhando para o cadáver. - Você acha que eu sou um monstro? - murmurou olhando para Hadrian, os olhos vermelhos demonstrando medo e tristeza.

Hadrian se aproximou de Tom lentamente, sentindo uma mistura de emoções: amor e preocupação por seu marido, mas também desconforto sobre a violência que eles tinham acabado de testemunhar.

- Não, Tom... - Ele pegou as duas mãos de Tom nas suas - Você não é um monstro. - Ele olhou nos olhos vermelhos de Tom, vendo o medo e a tristeza ali - Você fez o que tinha que fazer para proteger aqueles que ama. - Ele beijou as mãos de Tom gentilmente - Isso requer muita coragem. - Ele sorriu suavemente, tentando oferecer conforto - Eu te amo, não importa o que aconteça.