𝗣𝗥𝗘𝗗𝗘𝗦𝗧𝗜𝗡𝗘𝗗 ▍𝗘𝗠𝗠𝗘𝗧𝗧 𝗖𝗨𝗟𝗟𝗘𝗡

|Capítulo 18|

P.O.V Narradora

No quarto iluminado pela suave luz da lâmpada, Emmett estava profundamente concentrado no vídeo game, os olhos fixos na tela enquanto seus dedos se moviam rapidamente pelos botões. Ele estava tão envolvido no jogo que não percebeu quando Lizzie, ao seu lado, começou a ceder ao cansaço. Lentamente, a cabeça dela caiu até repousar suavemente sobre o ombro dele.

Sentindo o toque repentino, Emmett deu uma leve olhada para o lado. Um sorriso involuntário surgiu em seus lábios ao ver Lizzie adormecida, sua respiração suave e regular. Ele pausou o jogo, cuidadosamente desligando o console e colocando os controles na mesinha de centro, tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Observando Lizzie dormir, Emmett passou o braço ao redor de seus ombros, puxando-a mais para perto de si. Ele estava prestes a levantá-la e levá-la para a cama quando sentiu o braço dela se mover, enroscando-se ao redor de sua cintura num gesto inconsciente. Emmett ficou paralisado por um instante, surpreso com a súbita proximidade.

— Lizzie? — murmurou ele suavemente, com a esperança de não a acordar, mas curioso para ver se ela estava acordada.

Lizzie não respondeu, apenas se aconchegou mais perto dele, murmurando algo inaudível em seu sono. Emmett soltou uma risada baixa e carinhosa. Ela parecia tão tranquila e confortável, e ele não quis perturbá-la.

— Você sempre encontra uma maneira de me surpreender, não é? — sussurrou ele, mais para si mesmo do que para ela.

Com um gesto delicado, ele começou a acariciar os cabelos dela, os dedos deslizando gentilmente pelas mechas loiras platinadas.O toque era suave e reconfortante, e Emmett sentiu um "calor" agradável se espalhar por todo o corpo. Ele olhou para Lizzie, tão próxima, e sentiu um misto de ternura e proteção.

— Sabe, Lizzie, — começou ele, falando num tom baixo e íntimo — As vezes eu me pergunto como conseguimos ser tão diferentes e, ao mesmo tempo, nos dar tão bem.

Ela se mexeu levemente, mas não acordou. Emmett continuou a acariciar seu cabelo, aproveitando o momento de quietude. Cada vez mais, ele sentia que havia algo especial entre eles, algo que ele não conseguia definir completamente, mas que estava lá, inegável.

— Eu gosto desses momentos com você. — confessou ele, quase num sussurro.

Lizzie, ainda adormecida, se aconchegou mais perto, sua respiração quente contra o pescoço dele. Emmett se acomodou melhor, abraçando-a com mais firmeza.

— Parece que você encontrou seu lugar perfeito. — disse ele, sorrindo para si mesmo.

Emmett olhou para o teto por um momento, sentindo-se inesperadamente em paz. Estar ali com Lizzie, mesmo que ela estivesse adormecida, parecia ser exatamente onde ele deveria estar.

— Boa noite, Lizzie. — sussurrou ele, sua voz carregada de carinho.

(...)

Lizzie abriu os olhos lentamente, ajustando-se à luz suave que entrava pelas cortinas do quarto. O brilho da manhã refletia um novo dia, mas ainda não havia compreendido completamente a sua situação. Sentindo-se surpreendentemente confortável, ela se moveu ligeiramente, e foi então que percebeu a realidade: sua cabeça repousava sobre o colo de Emmett.