Capítulo 26

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Então.... Kkkkkk
__________

Dias e dias depois....

— Miranda, você terá que repousar ao extremo. Peço para que tire uma licença do seu trabalho, tudo bem? — a obstetra informou.

— Isso não vai ser um problema. — Miranda sorriu.

Sendo ela a dona e chefe da empresa, seria moleza tirar uma folga. Agora, o único problema era achar alguém que ficasse em seu lugar.

— Isso é ótimo. Agora, eu quero que você deite nessa maca, e vamos escutar o coração desse bebê. — A morena sorriu animada, estava estampado nos olhos da doutora o quanto ela era apaixonada pela profissão que escolheu.

A barriga de Miranda já estava saliente, muito na verdade para quem ainda estava com dois meses. Com a ajuda da namorada, Miranda se aconchegou na maca, levantou a blusa, deixando a barriga à mostra.

— Isso vai ser um pouco gelado, mas é normal, ok? — Miranda assentiu, estava nervosa para escutar o pequeno coração do seu filho pela primeira vez. Andrea nem se fala, estava com um sorriso de rasgar o rosto.

A médica colocou o gel na região da barriga, gelado, mas suportável.

— Vamos lá. — Disse e colocou o aparelho na barriga da mamãe.

De início, não se escutou nada, mas segundos depois, o barulho de coração batendo rápido preencheu o ambiente, fazendo a morena, que já se emocionava, começar a chorar, e a platinada sorrir e deixar algumas lágrimas caírem.

Após alguns segundos, a doutora franziu as sobrancelhas, o que não passou despercebido pela loira.

— Tá tudo bem? — Andrea perguntou.

— Ou bebês... — sussurrou para si mesma. — Sim, é que... um instante. — A doutora passou o aparelho em lugares diferentes na barriga de Miranda e abriu a boca, chocada. — Oh, meu Deus.

— Ai, meu Deus, o que foi, mulher? — A morena se exaltou com a atitude da doutora, que estava impressionada com o que estava vendo na tela do ultrassom. — O bebê tá bem?

— Sim... e sim, os bebês estão bem.

— Ufa... pera, o quê? — Andrea arregalou os olhos, assustada.

— Você disse bebês no plural? — Miranda quem perguntou dessa vez.

— Exato, bebês no plural. — Riu um pouco. — Pelo que estou vendo, olha lá. — Apontou para a tela. — O bebê um está do lado direito da sua barriga, o bebê dois no lado esquerdo, o bebê...

— Pera! Pera! pera... tem mais que dois bebês aqui dentro? — A médica assentiu, percebendo que isso era uma surpresa e tanto. Mal sabia ela que a verdadeira surpresa era Miranda ter engravidado.

— Quatro bebês...

— QUATRO BEBÊS? — Andrea levou as mãos aos cabelos loiros. — Ai, meu Deus.

— EU VOU TE MATAR, ANDREA SACHS! — Miranda gritou, sentando na maca de uma vez.

[...]

— Aqui sua água. — A doutora entregou um copo plástico com água a Priestly, que graças a Deus, como diz Andrea, já estava mais calma e aceitando bem que elas teriam quatro bebês.

— Obrigada. — Agradeceu.

— Querem saber onde estão os outros bebês agora? — Perguntou paciente e um pouco assustada pela cena que viu de Miranda tentando estrangular a morena. — Está mais calma?

— Tudo bem, estou calma, pode continuar. — Sorriu gentilmente, nem parecia que estava prestes a matar a namorada por descobrir que ela a engravidou de quadrigêmeos.

— Como eu ia dizendo... como não sabemos o sexo dos bebês, vou apelidar de 1, 2, 3 e 4. — Viu as duas mamães assentirem. — Bebê 1 está do lado direito, bem aqui. — Colocou o aparelho no lado direito da barriga de Miranda e apontou seu dedo na tela, mostrando o pequeno embrião. — Bebê 2 está no lado esquerdo, bem aqui. — Novamente fez o mesmo processo. — Bebê 3 está localizado na parte inferior da sua barriga, Miranda. — Colocou a máquina onde o bebê 3 estava. — E por último, mas não menos importante, o bebê 4 está na parte do meio, um pouco mais para cima do que o bebê 1 e 2.

— Ai, meu Deus, e eu aqui pensando que não poderia gerar um filho, e me vêm quatro de uma vez. — Miranda murmurou para si mesma. — Já podemos saber o sexo?

— Ainda é muito cedo. Isso é extremamente raro, principalmente por Andrea ser uma pessoa intersexual. Eventualmente, pessoas intersexo são estéreis e não podem gerar filhos. Fiquei intrigada com seu caso, Andrea. Bom, vocês sabem que alguns desses bebês podem herdar essa condição, certo? Irei pedir alguns exames para você, e agora que sei que é uma gravidez de quadrigêmeos, você terá que ter o quádruplo de cuidado possível. A qualquer sinal de sangramento, dor em lugares onde normalmente não é para sentir, vocês vêm correndo para o hospital, ou me liguem. Deixarei meu número com vocês. — Explicou a médica, estava empolgada. Já havia sim acompanhado uma gravidez de quadrigêmeos, mas nunca de uma mulher intersexual sendo a genitora dos bebês.

— Obrigada, doutora.

A mãe da minha melhor amiga - Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora