Capítulo 33

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Narrador

— NÃOOOO.... — Ajoelhou-se.

— Fechem a cortina do vidro.

Na sala de cirurgia, Carina instruía os enfermeiros a pegarem o desfibrilador. Pegou o mesmo com as duas mãos.

— Agora. — Encostou no peito da mesma, e o corpo de Miranda deu um leve pulo ainda deitada. — De novo, quantos segundos?

— 5, doutora.

— Mais uma vez, 150. Aumenta, agora. Mais uma vez.

— 10 segundos.

— Aumenta. — Carina estava em desespero, porém tinha que manter a calma. Não iria perder sua paciente, não, não essa.

— Não podemos, já está em 300V.

— AUMENTA AGORA! — Com quase o máximo que o desfibrilador ia, o corpo de Miranda deu mais um pulo, e dessa vez um pouco mais alto. Em segundos, a máquina de monitoramento começou a apitar novamente. Carina sorriu com lágrimas nos olhos. Miranda estava de volta.

Fecharam a abertura feita e levaram Miranda para um quarto. Carina saiu da sala de cirurgia, entrando logo em seguida na sala ao lado. Andrea estava ajoelhada, aos prantos, no chão. Andrea olhou nos olhos da doutora. Não sabia quanto tempo havia ficado ali.

— A... a Miranda está... está...

— Viva. — Carina se apressou a dizer. — Andrea. — Ajudou a morena a se levantar. — Miranda está viva. — Segurava nos punhos da morena, que parecia que iria cair a qualquer momento.

— Eu a vi morrer. — Soluçava. — E... eu vi.

— Andrea, Miranda está viva e fora de perigo.

— Não, eu...

— A minha nossa senhora, escuta o que eu estou falando, criatura. Sua mulher está viva e bem, fora de perigo, está em observação no quarto no momento.

— Miranda está... está viva? — A cara da morena agora era de espanto, não conseguia acreditar nas palavras da médica. — Eu... quero vê-la.

Carina sabia que Andrea só iria acreditar quando visse que Miranda estava realmente bem.

A médica conduziu a morena até o quarto onde Miranda estava, ligada a algumas máquinas como a de monitoramento do coração, uma máscara de oxigênio e soro nas veias.

— Meu amor. — Andrea correu até onde Miranda estava desacordada na cama. A morena olhou para a máquina de monitoramento e depois para a médica. — Como? Como que ela está viva? Ela... ela... — Não conseguia terminar de falar.

— Eu e os outros médicos e enfermeiros conseguimos reanimá-la. Por um momento, Andrea, eu também pensei que Miranda não voltaria, mas ela é forte e tem vontade de viver. Vou deixar vocês sozinhas.

— Espera. — A médica parou e se voltou para a morena novamente. — Obrigada. — Andrea deu um abraço em Carina. — Obrigada por ter salvo o amor da minha vida, você não tem ideia do que fez, obrigada.

— Não há de quê, eu só fiz o meu trabalho. — Carina sorriu, feliz também por Miranda estar viva e bem.

Quando Carina abriu a porta, três mulheres estavam paradas em frente a ela.

— Andrea, acho que é para você. — Carina avisou. — Desculpa, mas só pode ficar uma pessoa no quarto. Com licença. — Ela se retirou.

Andrea saiu do quarto e deu de cara com as mulheres com olhares preocupados. Andrea despencou novamente, e as três a acolheram. Estava frágil, pois havia acabado de sentir na pele a quase morte de seu amor.

— Conte tudo. — Sam falou.

Andrea começou a contar desde o início, quando ela acordou na cama até o milagre que era Miranda estar ali no quarto respirando. As três mulheres ali choraram junto de Andrea ao saber do ocorrido.

A carga emocional que a morena havia passado não era para qualquer um. Após elas conversarem, uma enfermeira informou que já podiam ir ver os bebês na incubadora. Ela explicou que, como eles haviam nascido prematuros, iriam ficar mais um mês na incubadora para terminar a última fase da gestação ali. Estavam sendo amamentados por sondas, e a caixa da incubadora era totalmente transparente. Os quádruplos estavam apenas com uma mini fraldinha. Por ainda serem muito frágeis, não puderam segurar os mini bebês no colo. Apenas tocaram as pequenas mãozinhas deles.

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10hr eu posto o outro... 👀
Será que Miranda vai resistir? 👀😔

A mãe da minha melhor amiga - Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora