037 - domingo

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Paris | 14 : 00

alicia Brown.

acordo muito tarde e acabo perdendo metade do meu último domingo em Paris.

levanto e vou direito escovar os dentes, assim que eu termino, eu prendo meu cabelo em um coque frouxo e desço.

- AMAMHA ESTAREMOS NO RIOOOOOO -a duda dizia animada enquanto tomava seu café

- porra, precisava disso - o Fred diz tomando um gole de seu café

-de viajar ou do café Frederico? - o thata pergunta

- de viajar, café eu tomo toda hora - ele responde rindo

- vocês estão tomando café as 14? - eu pergunto me encostando na bancada

- acordamos agora - o Fred olha pra mim

- caralho, todos nós perdemos o nosso último domingo em Paris? - eu digo pegando uma xícara e servindo café

- sim, fodase Paris, já enjoei desse lugar, nesse tempo que eu fiquei aqui, eu fui humilhada em várias línguas diferentes- a duda disse jogando em seu celular

- e eu en - a Amanda ia terminar quando a thata falou

- shiuuuuu, piranha não fala - ela disse e colocou mais café em sua xícara

- você me - Amanda ia tentar falar novamente quando a minha irmã a interrompeu

- ainda não entendeu que piranha num fala? - ela disse concentrada em seu jogo

- você pode viajar de aviao amanda, e a gravidez? - eu pergunto

- não sabia que você falava com vadia - a eduarda disse e balançou a cabeça

- é só a partir do 7/8 mês que não pode lica - ela disse sorrindo

- a sim, provavelmente seu bebê vai nascer no Rio, igual o chá de revelação - eu disse animada

- simm, acho que depois de uns meses no rio, já conseguimos fazer o ultrassom pra saber o sexo do neném- ela disse feliz.

a eduarda viu que eu tava muito de graça pra Amanda, e logo levantou da mesa balançando a cabeça negativamente.

eu entendo todo esse ódio, mas agora ela vai morar com a gente no Rio de Janeiro, se a mãe dela gostasse dela, eu já teria mandando ela pra casa dela.

mas não, a vagabunda odeia a Amanda, e sobra tudo nas minhas costas, porque o pai dela é morto, e a mãe culpa ela por conta disso.

a Amanda era uma criança alegre, mas quanto ela tinha 13 anos, ela pediu pra que seu pai a levasse em uma festa, a ida ocorreu tudo bem, mas quando o pai dela estava voltando sozinho pra casa, ele perdeu o controle e bateu em outro carro.

o casal que estava no carro que o pai dela bateu, morreram na mesma hora, ele por sua vez, foi levado até o hospital com vida.

mas acabou falecendo 10 minutos depois de dar entrada no hospital.

ela se culpa muito por isso, e eu entendo o lado dela.

perdi minha mãe, e nem tive muito contato com ela durante a minha infância.

enfim, quero que minha mãe estava bem no céu, e o pai da amanda também.

hoje eu decido fazer o almoço/janta, decido fazer strogonoff.

meu strogonoff é divino, e nesse clima de último domingo e necessário um strogonoff.

tempo depois /

eu servi o almoço, e todos comeram, pareciam famintos.

TODOS elogiaram minha comida, e eu me senti a melhor cozinheira do planeta.

esse almoço, se tornou uma janta, porque já são 18 : 00.

a eduarda disse que vamos acordar as 4 : 00, pra irmos pro aeroporto e ir pro rio.

então, eu decido dormir pra descansar bem.

todos parecem fazer o mesmo que eu, eu subo e vou direto tomar banho.

escovo meus dentes, meu cabelo e prendo em um coque alto, uso meu desodorante e logo guardo na minha mala.

tudo que eu não iria usar na manhã seguinte, eu guardei em minha mala, pra não esquecer nadinha.

assim que termino, desligo todas as luzes, tranco a porta, fecho as janelas e me deito.

pego o controle do ar, e coloco no mais gelado possível, pego três cobertores e me cubro, assim fazendo eu ficar quentinha.

ligo a tv e coloco Vis a Vis pra eu assistir até pegar no sono.

ali por volta das 21 : 00, eu adormeci.

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