O Sangue da Magia [CONCLUÍDO]

Capítulo 28: Guardião do Elemento Terra

Todo mundo decidiu faltar naquela semana de aula para recuperar as energias que perdemos lutando com os Sanguinarius na noite anterior e organizar como iríamos proteger as pedras preciosas.

Roxie nos contou a conversa que teve com a Lysandra e não me surpreende nenhum pouco que ela use dessa simpatia para enganar ou convencer de que tudo ficaria perfeitamente harmonizado se ela cuidasse no mundo sobrenatural. As pedras se espalharam por um único motivo, não deixar esse mundo nas mãos de assassinos como eles.

Procurei um pouco sobre o padre Antônio Batista na idade média, mas não achei muita coisa, apenas que ele era brasileiro e um dos maiores padre da cidade de imperial, onde aconteceu a tragédia dos sete pecados capitais. Conhecido por matar milhares de bruxas, morreu aos cinquenta anos com lepra, essa parte da história não se encaixou mas suspeito que algo muito pior aconteceu. Roxie disse que Lysandra não quis responder nada sobre o pai, será que foi ele que fez toda essa linhagem de Sanguinarius? Mas como ele foi capaz de fazer tantos assim?

Sua aparência era extremamente jovem, isso não é novidade alguma, já que todos são imortais, e não se parecia nada com a Lysandra. Não tinha informações sobre a esposa ou mulher que ele se envolveu, talvez naquela época era extremamente inadmissível que padres tivessem alguma relação com o sexo feminino antes ou depois da sua vida com o catolicismo, então nunca iríamos saber como e onde vivia a senhora Nocturne.

Só tenho certeza de apenas uma coisa, a família Viturino sabia sobre o padre, e é por isso que iríamos para o rio de janeiro, talvez algumas pessoas experientes possam nos ajudar.

Ouço uma batida tímida na minha porta e me assusto, já estava ficando paranóica com a ideia dos Sanguinarius aparecerem de repente, mas quando olhei no olho mágico meu coração quase pulou para fora. Apollo estava com uma camisa simples de cor bege e uma bermuda preta.

—Oi tempestade, descansou bastante?— Ele me provoca assim que abro a porta, reviro os olhos e deixo um espaço para ele passar.

—Agora vai me chamar de todos os personagens que têm poderes elétricos?— Pergunto fechando a porta atrás de mim.

—Mas é claro que não super choque, eu não sou assim.— Seu tom brincalhão me fez rir.

—Eu estou impressionada pelo fato de que você gravou minha casa muito rápido, você só veio ontem e ainda estava de noite.

—Ainda não caiu a ficha de que temos poderes, né? Tudo bem, eu entendo, mas eu sou observador e tenho memória fotográfica.— Ele pisca para mim, já estava começando a me acostumar com o seu jeito descontraído. —Mas então Pikachu, eu percebi que seus poderes é mesclado, e muito poderoso.— Ele se deita no meu sofá de qualquer jeito como se tivesse intimidade para isso.

—Se bagunçar tudo você que vai arrumar.— Aviso e me sento no outro sofá. —É complicado dizer, mas provavelmente seja pelos poderes dos meus pais. Minha mãe tem poderes naturais, inclusive, ouvi duas águas falando e foi um tanto quanto estranho para mim.— Escuto a risada alta do Apollo. —E do meu pai é o conhecimento do mundo sobrenatural, ele é o guardião de tudo isso, acho que é por isso que os Sanguinarius ainda estão por aqui.

—E cadê seus pais?— Ele pergunta se ajeitando no sofá.

—Eles estão de férias há quase um mês, quer dizer, eles não estão mais tãooo de férias assim. Minha mãe disse que eles estão com problemas nas passagens de volta, mas sei que é algo mais grave.

—Os Sanguinarius com certeza estão colocando algo para distrair seus pais.— Ele responde, rindo de alguma coisa. —Essa sua foto está engraçada.— Ele aponta para um porta retrato e eu fecho a cara.