PRÓLOGO

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Esta história não é verdadeiramente certa.

Esta história é real, sim, tão real como o céu ser azul - será mesmo?

Mas eu decidi escrever esta história com falhas aqui e ali, para que os leitores a entendessem verdadeiramente.

Porque esta história foi escrita para ser compreendida, interiorizada, percebida por todos. Por isso foi escrita na tua língua, querido leitor, e não na minha, a que todos utilizámos. Porque a tua já não mais existe.

Mas se não fosse traduzida, ninguém que conheces poderia percebê-la, correto? Por isso, perdoa os equívocos que esta diferença linguística de que somos vítimas nos traz, e ignora toda e qualquer palavra que não compreendas na minha língua, a tão conhecida Hiraeth, que une todo o globo agora. Essas pequenas expressões desconhecidas que encontrarás ao longo da narrativa são palavras intraduzíveis para a tua língua.

Oh, e queres um concelho? Podes estar a achar este aviso desnecessário, ridículo, até. Mas só te tenho a dizer: aproveita este livro nesta língua, enquanto podes. Talvez, mais cedo do que possas imaginar, estarás a falar Hiraeth como eu e serás forçado a esquecer a – ou as - que conheces neste momento.

Não te quero assustar, (quero?), é só um pequeno aviso, uma pequena ideia da urgência de compreenderes as minhas palavras, de valorizares as tuas raízes e origens enquanto podes, porque quando eles – quando eles começarem a agir - não haverá volta a dar.

Acredita em mim. Eu sei.

O meu nome é Garnet Moon (será?) e tenho 15 anos.

E esta é a minha história.

Ou, pelo menos, o seu princípio. 















 

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