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—Não sabe o que acabou de me acontecer?

—A ex-namoradinha mandou mensagem? — Nai me encara de sobrancelha erguida.

—Não, ainda bem. — Reviro os olhos. — Mas foi uma das melhores amigas dela me pedindo o número do LINE, pois tem uma surpresa.

—Como tem certeza que não foi a lindinha de olhos amendoados?

—Ela não teria ousadia suficiente, Freen Sarocha é fraca!

—Mas afinal para que seria? — Minha amiga vem ao meu lado pegando meu celular. —Nossa, que gata ela, me apresenta aí, Bequita!

—Cala a boca! —Empurro-a pelo ombro. — Pior que não deu detalhes sobre o que poderia ser.

—Será que vai te chamar pra sair? Eu aceitaria sem pensar duas vezes!

—Você está uma idiota hoje, é claro que não é isso.—Olho para o perfil em minhas mãos.—Nam nunca teve ou teria interesse em mim, deve ser outra coisa.

—Bom esse ano faz 10 anos que veio da Tailândia, lembro que chegou aqui antes do segundo semestre de aulas começarem.—Nai encosta a cabeça no meu ombro.—Qual foi o motivo mesmo?

Fico olhando para o teto por um tempo, tantas coisas aconteceram naquele verão em Bangkok, não fazia muito tempo que havia entrado para a escola e vieram as férias, como não tinha amigas minha mãe me mandou para aquele maltido acampamento, ei é isso!

—A Nam vai me chamar pra uma reunião de 10 anos desde o acampamento de férias!

—Que?

—Tenho quase certeza de que é isso!

—Mas para que juntar pessoas que não se veem a tanto tempo?—Nai me encara de cenho franzido.

—Nam Orntara é uma pessoa saudosista, vejo muito pelos posts dela no perfil já que vez ou outra tem algo sobre os bons momentos.—Suspiro me encostando totalmente no sofá. —Não vou aceitar!

—Por que não? Seria legal encontrar esse pessoal, não seria?—Ela se apoia nos cotovelos me observando.

—Talvez a Nam, a Irin e a Noey fosse bom reencontrar, mas não vai acontecer.

—Ah lembrei, você alimenta esse ódio por uma tal de Freen Sarocha, por isso evita de colocar seus pezinhos na Tailândia, por causa de uma mulher que mal lembra que existe, Rebecca!

—Ela me pediu desculpas naquela porra de revista.

—Tá, mas e daí? —Vejo-a sentar à minha frente. —Nem que seja pra ir lá meter o soco que quer tanto dar na cara dela, vai!

—Seria um prazer enorme mesmo lascar um soco bem dado na cara dessa infeliz!

—Então vamos para Tailândia?

—Não vou me submeter a isso, esquece!—Levanto me encaminhando para a cozinha sendo seguida por Nai.

—Finalmente achei que iria conhecer seu segundo país!

—Pode ir quando quiser, seu trabalho não te impede de nada!

—Mas seria melhor ir com a minha melhor amiga que sabe da cultura do país, certo?—Sou abraçada por trás, ela é um pouco mais baixa do que eu e é engraçado toda vez que faz algo assim.

—Pode esquecer pequenez, não vai acontecer. —Me viro colocando os braços em seu pescoço.—Mas bem que poderíamos dar uma saidinha, levar o Richie para passear?!

—Agora pareceu que seu irmão é nosso cachorrinho, mas eu aceito irmos! — Seus olhos são fixos nos meus.

—Você é linda, sabia?

Rhythm Of The SongOnde histórias criam vida. Descubra agora