Não acredito que finalmente estarei indo para casa rever o Bonbon e me dedicar ao que tanto amo.
Ter aceitado a proposta de Nai para que viéssemos para Tailândia para que eu 'enfrentasse' meu passado foi a escolha mais burra que fiz esse ano.
Freen Sarocha é um passado do qual não quero me atrever a lembrar nunca mais, sabendo que ela ouve todas as músicas que escrevi durante esses anos de compositora me deixam com mais certeza de que não sabe nada.
Mas como saberia não é mesmo?
Continuo mantendo meu rosto escondido dela e de todo o mundo, as pessoas com quem trabalho são super discretas e compreensivas.
—Vamos, Babe?
Levanto o olhar encarando Nai que sorri fraco me estendendo a mão.
—Para casa, finalmente. — Solto um suspiro grande de alívio.
—Quer chamar um carro ou vamos no ônibus com todo mundo?!
Franzo o cenho respirando fundo.
—Não quero ficar mais um segundo perto daquela mulher.
—Entendi, então vamos nos despedirmos das meninas enquanto vou chamar algum carro, podemos chegar bem mais tarde do que necessário.
—Não há o menor problema, sei que o Bonbon e seus nenês estão em boas mãos.
—Estou morrendo de saudades daqueles dois, espero muito que estejam bem.
Nai sorri pegando minha mala para carregar para fora da cabana.
—Isso sim que é namorada hein?! — Irin ri vindo ao meu encontro.
—Aposto que P'Noey também faz isso.
—Fazia, mas ela está ocupada demais com uma coisinha.
—Quer ir conosco? — Sorrio fraco para Irin.
—Vou com a minha namorada, P'Noey vai precisar de mim quando chegar em casa. — Ela sorri de lado.
—Sua pervertida! — Rio da forma como ela sorri.
Irin gargalha chamando a atenção para nós, os malditos grandes olhos castanhos encontram-se com os meus sendo puxados por P'Nam.
—Foi muito bom ter te visto, N'Becky. — Nam me abraça sem menos esperar me apertando firmemente contra si. — Obrigada por ter embarcado nessa loucura junto com a gente.
—Oh P'Nam, foi uma montanha russa de emoções e foram apenas cinco dias. —Sorrio fraco tendo aqueles olhos sobre minha pele me queimando como se fosse fogo ardente. — Muita coisa aconteceu.
Nai se coloca ao meu lado sorrindo de lado.
—Quer ir com a gente?
O tailandês dessa desgraçada é ótimo, que merda.
—Não posso, tenho que ir com Freen, pois temos umas coisas para arrumar assim que chegarmos.
—Uma pena, a Sarocha pode ir conosco que as deixamos em frente de casa. — Ela faz o bico fofo que me convence de quase tudo, espero que não funcione com a Nam. — Por favor?
Passo minha mão por sua cintura sem deixar de sorrir fraco e belisco-a, fazendo Nai respirar fundo.
—Meu amor, as meninas já não disseram que não podem ir?
—A Sarochita não disse nada, Babe. — Nai a fita diretamente. — Então, Freen?
Sarocha alterna o olhar entre mim e minha suposta namorada que está olhando para Nam, e franze o cenho.
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Rhythm Of The Song
RomanceFreen Sarocha Chankimha é uma artista em ascensão no mundo da arte em Bangkok, Tailândia. Dona de uma galeria de arte na qual trabalha juntamente com suas melhores amigas, Nam e Noey, Freen produz obras e expõe obras de terceiros trazendo visilibida...