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Conhecer Becky Rebecca Patricia Armstrong é um prazer imenso, mas ter as atitudes dela começando afetar minha vida só demonstra que as coisas tem saído de controle.

Vim a acompanhando até a Tailândia por dois motivos principais:

Primeiro: fazer com que minha melhor amiga finalmente enfrente o passado dela de peito aberto sem medo para que possa finalmente seguir em frente;

Segundo: ao menos dar uns beijos e amassos com Nam Orntara em qualquer lugar disponível.

Temos conversado bastante e tenho que ser extremamente cautelosa toda vez ou se não Nam vai pensar que quero trair minha namorada, só que estou chegando em todo meu limite.

—Onde a senhorita está indo? — Becky sorri fraco.

—Dar uma volta, não tenho aguentado mais ficar em casa nesta semana. — Sorrio fraco. — Vou me encontrar com a Orntara.

Observo a expressão da minha melhor amiga mudar.

—Não se preocupe ok, é um chá entre amigas e vou me comportar... — Eu acho ao menos.

Saio pela porta sem me importar mais com isso, Becky precisa me deixar viver a minha vida da forma que vinha fazendo, afinal somos apenas melhores amigas.

O caminho até ao restaurante onde nos encontraremos é longo, o local é um pouco afastado de tudo, mas não tardo muito a chegar e desço do carro indo em direção a entrada vendo-a de longe em pé no balcão.

Nam veste uma blusa social azul meio aberta e colocada em um lado, a calça social preta e acredite se quiser, um crocs verde e ainda assim é a mulher mais bonita que já vi em toda minha existência.

—Nai! — Ela acena para mim sorrindo abertamente.

—Ei Nam. — Aproximo-me gradualmente sorrindo de lado.

—Venha, estava lhe esperando! — Vejo-a se encaminhar para uma das mesas ao ar livre.

Sigo-a de perto observando como seu cabelo recai perfeitamente até a altura de seus seios.

—Estava ansiosa para nos vermos novamente, faz muito tempo. — Solto sentando do lado oposto dela.

—Dias tem estado uma loucura na galeria desde a exposição do P'Khaon.

—Aquele dia foi divertido, não achei que Becky iria.

—Fiquei surpresa quando vi vocês duas, o ódio dela pela Freen ainda é grande. — Nam dá de ombros. — Pronta para pedirmos?

—Você que manda, um tradicional chá tailandês vai ser ótimo.

Nam chama o garçom para fazer o pedido.

—Mas me conte, como você se tornou tradutora.

—Ah, minha vida no Brasil sempre foi de classe média baixa e mesmo assim meus pais me deram a oportunidade de aprender inglês depois que viram meu interesse.

—Então você é brasileira, achava que era inglesa! — Seu sorriso é fofo enquanto ela apoia o queixo na mão.

—Fui morar na Inglaterra com 13 anos no internato, tive uma grande oportunidade quando me destaquei em um curso. — Sorrio fraco sendo invadida por pequenas lembranças.

—Você é bem inteligente então, curioso que foi tão nova morar lá. — O rosto dela é passivo. — Para mim sempre foi normal morar com meus pais, fiquei na casa deles até aos 19 anos que foi quando comecei a ir atrás do meu sonho.

Rhythm Of The SongOnde histórias criam vida. Descubra agora