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Depois das confissões — não verbais — de amor trocadas no quarto de hotel de Oscar, os dias seguintes foram os mais diferentes em suas vidas.

Pela primeira vez, se falaram durante a semana e Oscar parecia totalmente diferente agora. Perguntava como Nathalie estava, e vez ou outra lhe fazia uma visita com a desculpa de que estava passando por perto da rua dela.

Em uma dessas visitas, acabaram cozinhando juntos e terminaram em uma espécie de jantar não planejado.

Ainda sim, para Nathalie, foi uma situação agradavelmente romântica que nunca havia experienciado.

Compartilharam beijos e carícias, apesar de Oscar se conter com qualquer instinto que o fizesse querer ainda mais dela.

Nathalie percebia a dificuldade de Oscar com isso, mas não entendia o porquê. Ela queria mais dele também, e se sentia cada vez mais pronta para a experiência.

Apesar de nunca ter tido nenhum contato sexual.

Além daquele dia na sala, é claro.

Ele prendeu a garota pela cintura antes que ela tentasse subir em seu colo. O rosto corado o fita com curiosidade.

— Não acha que estamos indo rápido demais? — Oscar pergunta, segurando o rosto dela com a mão.

Nathalie ainda se sentia desconcertada com o novo jeito que Oscar estava falando com ela. Era algo totalmente diferente da voz fria e indiferente.

Era suave, carinhoso e gentil. Ela notou o rosto preocupado dele, mordeu os lábios e se afastou, sentando no sofá e abraçando os joelhos.

— Nath... — Oscar ri da atitude dela e se aproxima.

— Você não quer isso? — Ela pergunta sem olhar para ele. 

Não soube explicar a pontada estranha, o medo de ser rejeitada cedo demais. Ela não tinha experiência alguma com sentimentos assim.

— É claro que eu quero. — Ele envolve o corpo dela com os braços, como uma bolinha. — Mas quero fazer isso da maneira certa.

Ela levanta o rosto para ele, confusa.

— Você já fez isso antes? — Ele pergunta.

Nathalie abaixa o rosto de novo, e balança a cabeça. De repente, fica com um certo medo do desconhecido.

Ele desfaz o abraço e a puxa para o seu colo, algo que ela queria ter feito por conta própria. Retira uma mecha da frente do rosto dela e fita as orbes azuis, tocando suavemente o rosto delicado.

— Vai ser totalmente diferente para você. — Ele fala, descendo as mãos até a sua clavícula e brincando com os botões da blusa de Nathalie.

Ela se aproxima ainda mais sobre o quadril dele.

— Eu sei, Oscar. Mas eu quero isso. — Nathalie pede, totalmente convicta de sua decisão.

— Nathalie...

— Eu quero você. — Ela murmura.

As íris castanhas de Oscar escurecem, mantia o olhar intenso no rosto delicado. Nathalie o encarava quase em súplica, desejando mais daquilo que ele lhe proporcionou em uma sala pequena.

As feições firmes de Oscar suavizam com o jeito exótico de Nathalie demonstrar o que queria.

Perdeu o controle quando ela o beijou novamente, movendo os quadril contra o seu. Ele pressionou o corpo dela, a mercê do movimento que ela fazia.

— Nath... — Ele murmurou, colando as testas.

— Eu tenho certeza, Oscar. — Ela responde.

Ele não perde tempo ao mover os quadris de Nathalie sobre a sua ereção, com mais avidez agora. Ela observa os olhos de Oscar fecharem lentamente algumas vezes, com os lábios entreabertos.

Murmurava alguma coisa que Nathalie não entendia, então ela tocou os seus lábios nos dele enquanto enfrentava a dificuldade em abrir os botões da camisa que usava.

Ele soltou os quadril de Nathalie e praticamente arrancou a camisa do torso pequeno da garota. Alguns botões abriram enquanto outros tilintavam pelo chão como moedas.

Subiram aos tropeços para o quarto extenso da garota, agarrados desesperadamente um ao outro, e Nathalie foi colocada sobre a cama perfeitamente arrumada.

Oscar a olhou, inclinando-se sobre ela com um brilho diferente nos olhos. Não era a luxúria que o ato causava, mas algo diferente.

O rosto vermelho parecia vivo sob o olhar de Oscar e, ao mesmo tempo, Nathalie sentiu como se aquilo fosse a coisa certa.

Ele não precisou pensar muito e nem se esforçar demais para dizer, foi um impulso natural, sem arrependimentos.

— Eu amo você, Nathalie. — Ele murmura, esmagando os lábios nos dela.

As mãos delicadas afastaram os seus rostos, e Oscar teve a certeza de que o brilho no olhar de Nathalie era a visão mais incrível que poderia ter.

— Eu também amo você, Oscar. — Ela responde, puxando ele para outro beijo.

Piastri gostaria que Nathalie soubesse disso antes que fossem um pouco mais longe. Não queria tocá-la de outro jeito sem antes ter certeza que ela soubesse dos seus sentimentos.

E ela também o amava.

Nada poderia deixá-lo mais feliz do que isso.

— Nath eu... — Oscar cai do lado dela na cama, e a olha bem sério. — Eu quero que isso seja especial pra você.

Ela sorriu e se sentou, com o rosto tranquilo.

— Isso é especial, Osc. — Ela toca o centro do peito de Oscar com o dedo indicador. Falava de maneira calma e convincente.

Oscar fechou os olhos, sabendo que cairia fácil na lábia esperta de Nathalie. A confiança e convicção dela era um ponto fraco dele.

E além de todo o charme que ela usava para convencê-lo, também havia o fato de que ele a amava e ela sabia disso.

Nathalie poderia fazer o que bem entendesse com ele.

E, por algum motivo, adoraria que ela fizesse da sua maneira com ele.

— Certo, então. — Oscar murmura.

Ele avança sobre o corpo de Nathalie novamente, retirando qualquer peça de roupa que possuiam.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora