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Nathalie gostaria de matar Oscar Jack Piastri.

Mas teria que voltar para minutos antes.

Chegou no Paddock animada, assinando coisas e tirando fotos com fãs. Era a parte favorita dela, conversar com pessoas que gostavam de sua maneira.

Logo depois, se encontrou com os engenheiros e recebeu as instruções de corrida, tais como estratégias e quando deveria ir para o box.

Seu objetivo era dominar os treinos para que tivesse uma qualificação boa no sábado.

Então ela foi andar pelo pit lane enquanto lia a folha repassada pela sua assistente, contendo instruções específicas e algumas particularidades da pista.

Seu olhar estava baixo, o local não estava lotado, e ela não se preocupou com desvios.

Foi então que sentiu seu corpo colidir com o de alguém, e um líquido gelado escorrer em seu peito.

Ela se afastou para olhar o que era, e viu sua blusa branca manchada de algo laranja. Olhou para cima apenas para ver o rosto odioso de Oscar Piastri.

Sentiu que poderia cometer um assassinato.

Mas a reação dela foi totalmente diferente.

Ela abaixou o olhar para a camisa novamente, observando o líquido laranja formar uma mancha escura em sua blusa de lã branca.

— Me desculpe, eu não vi você. — Oscar fala, parecendo verdadeiro em suas palavras. — Também, você é tão baixa que...

— Eu não tenho outra blusa, Oscar. — Ela fala, com o rosto levemente atordoado.

Suas roupas já estavam no hotel, exatamente cinco quilômetros de distância do circuito.

Ela definitivamente não andaria com a blusa manchada por aí, no meio de tantas câmeras. As que estavam posicionadas no pit lane já capituravam o seu constrangimento.

Oscar a puxa de volta para o prédio laranja, arrastando-a pelos corredores até uma sala que ela ainda não conhecia.

Não era grande, mas tinha algumas caixas e capacetes já usados espalhados em prateleiras. Uma dispensa, ela pensou.

E numa mesa de canto, tinham algumas camisetas.

Oscar atira uma no ombro de Nathalie.

— É grande demais. — Ela diz.

— Só tem esse tamanho.

Ela cruza os braços, negando-se a vestir a peça do triplo de seu tamanho.

Oscar revira os olhos, questionando se vale à pena ajudar alguém que parecia receber tudo que tivesse vontade.

Mas mesmo assim, ele faria a vontade dela de qualquer jeito.

Ele retira a camisa que usava, revelando o peitoral pálido. O olhar dela se demora no abdômen definido e nos biceps marcados.

O rosto de Oscar se retorce em um sorriso convencido.

— Gostando do que vê, Raikkonen. — Ele provoca.

— Você sonha. — Ela responde friamente, quando a camisa de Oscar, que era relativamente menor que a outra, e lançada para ela.

Oscar observa.

— Vire-se. — Ela manda, depois que Oscar se veste com a camisa larga.

Ele se escora na mesa, com os braços cruzados, encarando Nathalie. Não deu nenhum indício de que faria o que ela pediu, dessa vez.

Dane-se. Ela pensa.

Suas mãos agarram a barra da sua blusa manchada, levantando o tecido até os seios e arrastando as mangas pelos braços.

Oscar observa o torso semi-nu da garota em sua frente. Os seios fartos eram sustentados pelo sutiã preto de renda simples, e logo a baixo a sua cintura fina traçava um caminho até o quadril curvilíneo.

Ele engole em seco.

Nathalie dá um passo à frente, tombando o rosto felino para o lado.

— Divertido? — Ela pergunta, provocativa.

Os dedos dela puxam a alça do sutiã, que escorregava para o lado, de volta para cima. O tecido elástico estala ao tocar a pele nua.

Ela dá outro passo, mais próxima ainda de Oscar. O olhar dele desce para o braço de Nathalie, com o hematoma em estado verde.

A ponta de seus dedos toca a mancha, subindo levemente para os ombros, e então para sua clavícula, ameaçando descer ainda mais.

Seus rostos incrívelmente próximos, Nathalie sentia a respiração quente e Oscar soprar contra suas bochechas rosadas. As orbes castanhas fitaram as orbes azuis, capazes de causar uma maresia.

Os dedos de Oscar subiram para o pescoço de Nathalie, envolvendo em um frágil enforcamento.

Ela sorriu para ele, olhos felinos mais intensos ao toque.

— Por que está fazendo isso, Raikkonen?

— Queria testar algo. — Ela diz, com a voz manhosa.

A mão de Nathalie estende até a camisa larga que agora ele usava, enfiando os dedos debaixo do tecido leve, arrastando as unhas pelo abdômen.

Oscar encara os olhos da Raikkonen, com os lábios entreabertos. O toque lhe arrepiava o corpo inteiro, aumentando a pressão de seus dedos contra o pescoço delicado da garota. O estômago da garota borbulhava com o olhar intenso e o aperto íntimo em sua pele.

Se ela continuasse com o toque, Oscar lhe colocaria contra a mesa e...

Não quis acreditar que pensou em ter uma foda com a Raikkonen. Ele realmente cogitou, por um momento, mas não quis realmente acreditar que faria.

A real pergunta que cruzou sua mente foi: Ela aceitaria?

Ela se afasta, retirando os braços fortes de Piastri de si.

O sorriso no rosto delicado esboçava algo vitoriso.

— O show acabou. — Ela fala, com uma risadinha.

Ela passa o tecido com o cheiro masculino de Piastri pelo torso delicado, pisca para ele e o deixa sozinho na sala.

Oscar suspira, com raiva ao olhar para o cós de sua calça.

Maldita Raikkonen. Ele bufa, desabotoando o jeans.

...

O rosto de Piastri era indecifrável enquanto encarava a garota na garagem ao lado, puxando o zíper do seu macacão para cima.

Ele puxou a balaclava rosto abaixo, e Nathalie reparou a maneira como os músculos em seu braço saltavam com a pressão exercida.

Suspirou e entrou em seu carro.

O momento ainda estava fresco em sua mente, e o seu estômago ainda estava sob aquele efeito estranho.

Não queria aceitar o fato de que desejou ser pressionada contra a parede pelas mãos de Oscar, ou que uma sensação diferente lhe subiu a barriga sob o efeito do olhar intenso dele.

Teve que deixar os pensamentos de lado, pois as luzes iriam se apagar em breve e nada poderia cruzar a sua mente agora.

...

Esse capítulo aqui hein...
Tão gostando?

Aliás, querem mais enemies ou as coisas já podem dar uma mudada?
Eu tô amando escrever essas briguinhas.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora