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Nathalie estremeceu ao ouvir sua campainha tocar diversas vezes.

Esgueirou o corpo diminuto entre as grandes cortinas da janela da frente para ver quem era.

Um alívio percorreu ao ver que era apenas Oscar.

"Apenas", ele é seu rival, sua masoquista! , Ela pensou.

Abriu a porta em um rimpante, esboçando o seu rosto convencido emoldurado por cabelos vermelhos semi desbotados, caindo em ondas longas pelo tronco da garota.

— O que faz aqui? — Ela franze o cenho. — Sentiu saudades de mim, é?

O sorriso malicioso no rosto de Nathalie fez Oscar revirar os olhos em deboche.

— Estava correndo pelo quarteirão, e como um bom companheiro de equipe, me solidarizei em ver como estava.

Nathalie coloca as mãos na cintura, incrédula com a forma que ele falava como se estivesse fazendo um grande favor.

De certa forma, estava.

— E fazer patrulhão na minha rua é sua oferta de paz agora? — Questiona a garota.

— Quem disse que é uma oferta de paz? — Ele rebate.

— Ótimo, eu não iria aceitar de qualquer jeito. Ainda estou com raiva por toda a situação do carro e... Bem, a briga. — Ela desengata.

— Briga? Não teve briga nenhuma, ele apanhou sozinho. — Oscar fala, orgulhosamente estendendo a mão com os curativos trocados e aparentemente limpos.

— Mas você se machucou.

— Faz parte. — Ele dá de ombros. — Sou bom de soco, não?

Ela revira os olhos.

— A última coisa que eu esperava de você é se meter em briga. — Ela reclama.

— E o que esperava além disso?

Ela fica calada.

— Volte a patrulhar, Oscar Piastri. — Ela aponta para a rua.

O olhar de Oscar cai sobre o braço da garota, com uma marca vermelha envolvendo todo a circunferência.

Ele a puxa, e ela desce os degraus de entrada com rapidez.

— Precisa parar de ficar me assustando assim! — Ela esbraveja.

Oscar fica em silêncio, e ergue o braço dela. O rosto de Nathalie fica impassível assim que ela observa a marca vermelha que surgiu do aperto brusco de Cole na noite passada.

— Não tinha visto isso. — Ela se defende.

Oscar solta o braço de Nathalie, percebendo a proximidade em que os dois estavam.

— Vai ficar roxo. — Ele diz.

— Eu sei. — Ela dá passos para trás, voltando para a porta. — Bem, vou entrar. Não arrume nenhuma briga no caminho para casa.

— Você diz isso como se eu fosse sair batendo em inocentes.

— Nunca se sabe. — Nathalie dá de ombros.

— Até mais. — Oscar fala, indiferente com os comentários infelizes da garota.

Nathalie bateu a porta.

Era a dose de irritação que ele necessitava para se lembrar de que Nathalie era sua rival, e que nenhum desses sentimentos estranhos mudaria isso.

Não importava a maneira como ele se sentia compelido a ajudá-la, o estranho senso se proteção, ou a maneira como seu sangue ferveu ao ver outro cara tentando tocá-la e no pior dos casos machucá-la. Não importava, não poderia deixar de odiar Nathalie Raikkonen.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora