¹⁷.

1.6K 155 79
                                    

Nathalie ruborizou ao ver o estado do garoto à sua frente.

— Você deveria ir.

Ele coloca as mãos para frente, tentando cobrir a ereção no seu traje de corrida semi zipado.
Nathalie engoliu em seco.

— O que? Oscar você está...

— Eu sei, Nathalie. Por isso tem que sair.

Ela solta uma risada anasalada.

Oscar evitava situações constrangedoras sempre que possível, e as vezes não conseguia escapar de algumas. Mas, com toda certeza, ficar duro na frente da garota que considerava uma rival era definitivamente a mais humilhante de todas.

— Não vou sair. — Ela cruza os braços, com um sorriso divertido nos lábios.

Ele levanta as sobrancelhas.

— Não vou bater uma na sua frente, Nathalie, por mais que você adore a ideia.

Ele fica parado quando a garota na sua frente dá uma longa risada e se aproxima dele. As mãos de Nathalie pousam em seus ombros e então descem para o seu peitoral enquanto ela fita o rosto de Oscar.

Fica na ponta dos pés e então encosta os lábios nos dele, em um beijo molhado e suave. Ele a puxa pela cintura, sem pensar nos detalhes da situação em que se encontrava.

A pontada de constrangimento se esvaiu completamente assim que as mãos de Nathalie encontraram o caminho para o seu abdômen, por baixo da camisa, como já tinha feito outra vez.

As pontas das unhas arranhavam contra as definições na pele palida de Oscar, causando arrepios no garoto. Ele agarrou com mais força a cintura da garota antes de parar o beijo.

Ele se inclinou para o lado oposto e virou a chave da porta simples de madeira.

Nathalie sorriu, puxando-o de volta para si. Uma risadinha correu pelos seus lábios quando ele mordiscou a pele do seu pescoço.

— Quietinha. — Ele murmurou, pressionando a garota de volta contra a parede.

Ele tateou o corpo de Nathalie com suavidade, retirando a camisa apertada da garota e tendo a visão dos seus seios apertados em um sutiã de renda vermelha.

Trocou um olhar rápido, e Nathalie assentiu para que ele continuasse o que quer que pretendia fazer.

Ambos tinham que admitir: talvez o ódio que sentiam não era de todo ruim.

Ele tocou os lábios contra a pele quente e macia dos seios de Nathalie, que se concentrava na sensação gostosa enquanto contia os gemidos que ameaçavam sair da sua boca.

Oscar abaixou o sutiã de Nathalie e se surpreendeu ao ver duas bolinhas de metal no seio direito. Ele levantou o rosto, captando o olhar dela sobre si antes de brincar com a língua nas bolinhas frias.

Nathalie soltou um gemido baixo o manhoso, e Oscar quis fodê-la imediatamente, sem preliminar alguma.

Mas então viu o rosto de Nathalie expressar o prazer causado por ele, e continuou o trabalho com a língua.

Então ouviram os passos no corredor ficarem cada vez mais frequentes, resultando em batidas na porta da sala em que estavam.

— Oscar? — A voz masculina de um engenheiro ressoou do lado de fora. — Está aí, mate? Precisamos de você aqui fora, Nathalie sumiu e os entrevistadores querem saber a visão de vocês sobre a corrida.

Nathalie riu, beijando os lábios de Oscar sorrateiramente antes de puxá-lo para o canto mais escuro da sala.

Ela levantou o sutiã e abaixou a blusa, parecendo perfeitamente normal ao abrir a porta para o engenheiro e logo a fechando.

Viu Oscar? — A vozes dos dois diminuam a medida que se distânciavam da sala.

Não, não vi.

Oscar suspirou de um alívio quase sádico, e então lidou com a situação entre as suas pernas, que dessa vez foi levada ao limite por Nathalie.

Essa garota vai acabar comigo.

Oscar não se arrependia em não ter feito o que realmente queria.

Por mais que Nathalie o deixasse tentado, não iria consumar o ato em um local assim. Não queria fazer isto com Nathalie dessa maneira.

Desejou tocá-la dessa forma quando estivessem completamente sozinhos, pois queria ver toda e qualquer reação vindo dela.

Imaginou isso enquanto se tocava no fundo escuro da sala.

Imaginou Nathalie.

Mas não era o sexo em si, era algo a mais. Era o fato de proporcioná-la um prazer intenso, um toque íntimo.

A visão que teve de Nathalie há minutos atrás era incrível, mas uma outra visão poderia lhe era ainda melhor: Ver Nathalie sorrir para ele.

Oscar pensou sobre isso por longos minutos, e concluiu que ninguém nunca o fez sentir assim.

Nathalie conseguia ser única até nisso.

Naquele momento, completamente dominado pelo efeito dela, Oscar não teve mais dúvidas.

Nathalie seria sua.

...

Nathalie se jogou na cama do hotel e deu um gritinho.

Quase fodeu com o seu rival.

Mas um pensamento mais forte que a animação e energia lhe atingiu: Oscar realmente era aquilo que ela alimentava em sua mente?

De fato, não se davam bem em todos os sentidos, mas algumas vezes conseguiam chegar à algum lugar.

O acontecido hoje cedo pouco peso tinha para Nathalie agora. Ela não pensou na maneira como Oscar lhe tocava — que, por sinal, era extasiante —, mas sim na maneira que lhe protegia.

Definitivamente gostava mais dele com a boca fechada ou contra a sua, mas se não fosse por ele naquele estacionamento, como ela estaria agora?

Não conseguiu pensar em outra maneira de se defender. Oscar tinha que estar ali, e ela teve certeza que não teria outra saída a não ser ele.

A forma como ele a protegeu era loucamente confortante.

Sentiu medo de Cole a semana inteira, e a partir do momento em que soube que Oscar estava relativamente perto, se sentiu mais confortável.

Não, não mesmo, Nathalie! Você não está gostando dele.

Estava.

Estava gostando e o odiando ao mesmo tempo.

Algo nela gostava de algo nele, e isso era perigoso. Nathalie não sabia gostar de alguém com termo, não sabia controlar seus sentimentos.

Era machucada diversas vezes por sua intensidade, compassividade e muitas das vezes a sua inocência. Variava entre a menina intensa e fria, que apenas poucas pessoas realmente tinham acesso ao seu coração.

Nathalie sabia que era perigoso que ele tivesse esse acesso. Gostando de Oscar ou não, ainda eram rivais e ela ainda era coração mole.

Convenceu a si mesma de que dessa vez controlaria seus sentimentos e faria isso funcionar.

Ela queria Oscar, por mais maluco que isso fosse.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora