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— Eu diria que não dá pra se contar com a sorte todas as vezes, não é, Raikkonen? — Piastri fala, sorrindo para a garota do seu lado.

A câmera se volta para o furacão de cabelos vermelhos, que tentou disfarçar a vontade de matar o garoto com o próprio punho.

Ela olhou para baixo, sorriu, e então olhou para a câmera na sua frente.

— E eu diria não preciso contar com a sorte, o meu talento dá conta. — Nathalie então move os olhos desafiadores para Piastri. — Acha que consegue?

Piastri finge um sorriso, sentindo uma raiva escaldante correr pelo sangue. Nathalie não dava o braço a torcer independente da situação, e isso desafiava Piastri em níveis inimagináveis.

Mas ele também não desistiria fácil.

Não sabia qual era o objetivo que tinha, mas desde que em algum momento Nathalie se afetasse, ele gostaria de ver.

Mas um outro lado o chamava atenção: O lado que observava a Raikkonen com um certo fascínio proibido.

A achava petulante, desinibida até demais e com certeza poderia parecer arrogante devido a sua autoconfiança absurda.

Mas também era incrívelmente bonita e autêntica, e isso o fazia sentir enfraquecidamente admirado por ela.

O pouco que sabia dela seria o suficiente para mantê-lo obcecado, mas ele jamais cederia à estes impulsos.

Afinal, sua mente vivia lhe reforçando que ela é apenas uma Raikkonen com algumas habilidades

E um rosto fodidamente lindo.

Ele fuzila ela com o olhar quando as entrevistas chegam ao fim, andando em passos largos para alcançá-la nos corredores do prédio.

A Raikkonen estava deslumbrante, pronta para festejar a sua primeira vitória hoje a noite.

Usava um vestido tubinho prateado, curto o suficiente para tirar alguns olhares disfarçados do jovem Piastri.

Mas ele nem se deu o luxo de apreciar mais de perto, estava com tanta raiva das palavras de Nathalie direcionadas à ele, que nem quis olhar como ela estava.

— Melhor moderar essas suas palavras sobre mim, Raikkonen. Vou achar que está obcecada. — Piastri provoca, com o rosto contorcido em raiva.

Nathali se vira, o som das suas botas ecoando no corredor vazio. Ela olhou para cima, afim de encontrar os olhos castanhos tomados em fúria sem sentido.

— Você procura maneiras de me envergonhar na frente das câmeras sempre que pode, e eu sou a errada por revidar? — Agora o rosto de Nathalie que é tomado por raiva.

— Escute bem, Piastri. — Ela começa a andar na direção dele em passos lentos, mas Piastri não tem a intenção de recuar. — Tentei o meu melhor para ser uma boa parceira de equipe e fazer isso dar certo, mas já que você não quer isso, me considere a sua maior rival.

— E você acha que é o que para mim? — Oscar instiga, vendo o rosto de Nathalie perder a expressão por um momento.

Ele se sente levemente satisfeito com isso, e ainda mais quando ela fica em silêncio. É a primeira vez que Oscar a pega desprevenida, sem respostas na ponta da língua.

Nathalie olha no fundo dos olhos de Oscar, com a raiva capaz de reverberar os próprios ossos dentro do corpo. Ela sente as unhas afundarem contra as palmas das mãos, mas nem a dor aguda conseguiu quebrar o contato visual intenso.

Era explícito, os dois definitivamente se odiavam agora.

— Você é um babaca, Oscar Piastri. — Nathalie diz, com a voz calma.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora