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Oscar Piastri só se sentiu um verdadeiro vencedor quando saiu pelo paddock ao lado da Raikkonen, que segurava a sua mão timidamente.

Acenaram para as câmeras, que acompanharam todo o seu trajeto até a garagem da Mclaren, que estava radiante com a primeira vitória de Oscar e a dobradinha.

Era a história se repetindo, e uma nova história começando.

Apesar da necessidade de Oscar em cumprimentar todos os engenheiros, ele não quis soltar a mão de Nathalie nem por um segundo.

Sabia que ela não iria embora, mas mesmo assim, não arriscaria. O rosto delicado que estava em lágrimas minutos atrás, agora tinha um brilho suave e tímido.

As bochechas estavam coradas novamente, e ela sorria enquanto falava com outras pessoas, sem soltar as mãos de Piastri.

Sabia que, à este ponto, já estavam percebendo a estranha proximidade entre os companheiros de equipe.

Mas eles estavam presos demais em algo que só eles compartilhavam, para preocuparem-se com o que falariam disto.

Oscar lançava olhares avaliadores sobre o rosto tímido de Nathalie, e em um movimento furtivo, puxou a garota para si e deixou um selar em seus lábios.

Ela sorriu e balançou a cabeça, surpresa com a demonstração de afeto em público vinda de Oscar. Ela passou a agarrar-se em seu braço enquanto ambos aproveitavam um momento feliz com a equipe. Tudo estava bem.

Os sorrisos eram largos nos rostos dos pilotos da Mclaren, ao voltarem pela sua caminhada alegre pelo paddock, falando com os fãs e amigos de pista.

Tudo parecia bem, até que Nathalie avistou os temidos olhos verdes.

Ela parou subitamente, e Oscar virou o rosto para ela.

— O que foi, Nathalie? — Ele perguntou, preocupado.

Ela levantou as orbes azuis como prata derretida, encontrando as íris castanhas e avaliadoras.

— Cole. — Ela olhou para um ponto atrás de Oscar, que fez o garoto mudar o rosto feliz para uma espécie de fúria em ascensão.

Oscar virou, olhando para onde Nathalie apontava. Ele não demorou muito para ver o rosto prominente, os encarando de longe com o rosto indecifrável.

Ele parecia triste e incomodado com a visão da mão de Oscar, que envolvia a cintura de Nathalie carinhosamente, mas que começava a se tornar protetora a cada momento.

Ficaram um longo instante assim, encarando Cole em distância, até que a sua expressão se torna um completa frustração e ele dá as costas, saindo em passos largos e desaparecendo na multidão de fãs.

Nathalie fechou os olhos, aterrorizada com a visão de Cole outra vez. Ainda tinha medo.

O rosto delicado permanecia atordoado enquanto Oscar a puxava para longe da multidão de fãs e amigos. Eles se sentam em um banco qualquer, longe da movimentação.

Ele avalia Nathalie outra vez, e ela parecia tão afetada que Oscar sentiu algo revirar em seu estômago. Estava feliz com ele, minutos atrás, e sentiu a fúria tomar o seu corpo ao pensar que aquele cara tinha o poder de estragar a felicidade de Nathalie.

— Talvez ele desista de verdade agora. — Ela fala, com a voz falhada.

— Eu espero que sim, Nath. — Oscar responde, envolvendo a garota em seus braços.

Nathalie se agarra em Oscar como se ele fosse a única coisa sólida restante. E de fato, para ela, isso era um fato. Apesar de toda a confusão que eram juntos, Oscar fazia Nathalie sentir algo além de um puro vazio.

Nove de agosto, 2006.

Nathalie manobrava o seu kart com uma facilidade impressionante para uma criança de cinco anos.

Era o seu aniversário, e ela não deu o braço a torcer com os seus pais. Kimi cedeu aos desejos da filha, de certa forma impressionado com o fato da filha declinar uma festa de aniversário porque preferiu continuar com os seus treinos de kart.

Mas, na verdade, Nathalie recusou a festa porque soube que não tinha quem chamar.

A garotinha não tinha amigos dentro e fora das pistas, assim como também não tinha nenhuma amiga próxima o suficiente em suas aulas de balé.

Então ela achou melhor se divertir no kartódromo, vencendo corridas e brincando com o champagne sem álcool no final.

Ela arrumou os cabelos loiros e encharcados em um rabo de cavalo, e ouviu passos atrás de si. Viu um garoto com o cabelo igualmente loiro e olhos castanhos caminhar em sua direção.

— É o seu aniversário? — Ele pergunta, com o jeito direto e curioso que qualquer criança tem.

O garotinho ouviu seu pai conversar com um cara loiro que usava óculos escuros e quadrados, dizendo que sua filha estava completando cinco anos hoje.

Nathalie ficou tímida com a pergunta do garoto, mas assentiu logo em seguida.

O menino sorriu e se aproximou.

— Bem, feliz aniversário. — Ele congratula. — Você corre bem.

Nathalie ficou ainda mais tímida e com o rosto vermelho. Não era acostumada com interações diretas e, principalmente, gentis.

— Obrigada. — Ela sorriu, e ficou em silêncio.

— Qual é o seu nome? — Ele pergunta.

Ela estende o braço

Nathalie Raikkonen.

O garoto arregala os olhos um pouco ao notar o sobrenome da garota, mas então estende o braço, tocando a mãozinha na dela.

— Oscar Piastri. — Ele responde.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora