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Foi a noite mais ridícula da vida de Nathalie.

Insistiu para que fosse ao menos levada ao seu quarto de hotel, garantindo que não iria andar pelas próximas 24 horas.

Mas recebeu ordens para ficar de repouso na ala da enfermaria se quisesse ter a chance de correr no domingo.

Soube que não teria como barganhar mais, pois suas mala já estava acomodada no canto do quarto pálido em tons brancos.

Afinal, era tudo realmente branco e ela sentia-se uma paciente de um manicômio ou coisa assim. Reclamou mentalmente a tarde inteira, desejando que alguém a tirasse dali imediatamente.

Cogitou ligar para Oscar porque, por incrível que pareça, ele era a pessoa que mais lhe gerou entretenimento até então.

Mas ela balançou a cabeça e se sentiu enjoada por cogitar o pensamento de qualquer coisa envolvendo o australiano.

Então apenas lidou com os seus pensamentos por horas, e eventualmente, pensou nele.

Como não poderia? Oscar estava mexendo com Nathalie de uma maneira que ela não conseguia sequer descrever. Era confuso como não conseguiam ficar sem brigar, e ao mesmo tempo a tensão que se instalava toda vez que estavam perto mostrava uma alternativa totalmente diferente.

Isso era possível? Sentir-se atraído por alguém que você costuma odiar?

Ela se empertiga na cama, mas logo faz esforço para arrastar-se para a beirada do colchonete. Toca primeiro os dedos dos pés, e então o pé inteiro contra o assoalho frio da ala médica. O som dos motores havia parado, era o fim do último treino do dia.

O peso do seu corpo parecia cair por completo sobre a coxa lacerada. Ela abafa um grunhido de dor, mas continua em passos curtos até outro lado do quarto, onde ficava o banheiro.

Usou a parede como ajuda, apanhando as suas roupas na mala e continuando o caminho para o banheiro. Suspirou, suando frio ao se apoiar na pia e trocar suas roupas com dificuldade.

Era um fim de tarde, e fazia um calor um tanto quanto desconfortável. Deslizou um vestido leve, com cerejinhas bordadas, pelo corpo banhado há algumas horas atrás.

Nathalie quis retirar a imagem de tomar banho com ajuda de sua assistente, Sabrina. Não tinha problema algum com a garota ver seu corpo, mas achava humilhação demais precisar de ajuda para fazer algo tão básico.

Voltou para o quarto com os mesmos passos curtos, a dor se tornando algo mais suportável, mesmo tendo plena consciência de que fazer tanto esforço assim é uma péssima escolha.

Quase caiu de joelhos quando ouviu a porta abrir, quem quer que a visse agora, presenciaria a reação de Nathalie igual a de uma criminosa pega em flagrante.

Ela piscou e virou o corpo devagar, pronta para se explicar.

Seu coração escorregou um pouco ao ver o corpo alto de Oscar Piastri.

Ele fecha a porta atrás de si e avança para Nathalie, parada no meio do quarto.

A garota sente as mãos grandes de oscar carregarem o seu corpo diminuto de volta para cama. Foi colocada gentilmente contra os lençóis.

— Por que diabos está andando? — Ele briga, ligando o abajur fraco.

— Não conte isso para ninguém. — Ela pede, com raiva. — E o que diabos faz aqui? Não correu de novo, idiota?

Ele balança a cabeça, confuso.

— Como sabe que eu não corri?

— Meu pai me contou. — Ela cruza os braços. — Incrívelmente idiota, Piastri.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora