Nathalie acelerou nervosamente quando as luzes se apagaram, e todas as curvas passavam como borrões desconexos por ela, enquanto enfileirava os carros atrás de si.
Inclusive o carro laranja do piloto oitenta e um.
Ele abriu os braços para ela ao encostar o carro no segundo lugar, e ela pulou de cima do chassi e correu até ele.
Não eram nove e oitenta e um.
Eram um e dois, respectivamente.
As lágrimas escorriam do rosto de Nathalie enquanto ela se prendia um pouco mais do abraço de Oscar.
— Você venceu, meu amor. — Oscar murmura, olhando ela com o rosto vermelho e cabelos bagunçados.
Nathalie abriu o maior sorriso que conseguiu, acentuando as bochechas enquanto Oscar batia nos ombros dela.
— Nós vencemos, amor. — Ela responde antes de abraçá-lo outra vez.
Então eles correram até os seus engenheiros, que gritavam animadamente por eles atrás da grade com visão para o pódio.
Nathalie pensou estar sonhando, mas as mãos de Oscar tocando as suas lhe trazia de volta para a realidade.
E ele continuava ali, observando ela, um degrau abaixo.
O sorriso radiante no rosto dela era o suficiente para Oscar, que se sentia o verdadeiro vencedor do dia por tê-la tão perto.
Nathalie o amava, isso era uma vitória que Oscar ainda ficava surpreso ao lembrar.
Atiraram champagne para todos os lados, trocando risadas e brincadeiras sem receio algum. Subitamente os dois pararam, encarando-se por longos segundos com os olhares perambulando em uma dimensão que apenas os dois tinham.
Era o momento em que se sentiam sozinhos, distantes do mundo.
Nathalie abraça Oscar como se ele fosse a única coisa sólida restante, sentindo o conforto de um lar grudado ao peito dele.
Ele estava se tornando isso para ela: Lar. Um lugar seguro onde ela poderia descansar e mostrar quem realmente é, sem reprimendas ou olhares tortos.
Oscar levanta um dos braços de Nathalie para cima, sacudindo levemente enquanto os confetes caíam sobre eles e o público comemorava a vitória da jovem pilota ao lado do seu parceiro de equipe.
Que não era somente um parceiro de equipe agora.
Todos sabiam o quão apaixonados eram os pilotos da Mclaren.
...
Os dois enfim respiraram, com shots de tequila na mão entre as luzes fluorescentes e a música alta.
— Nada melhor que uma boa festa, huh? — Oscar brinca, guiando-a pela cintura depois de virarem seus shots garganta abaixo.
— Ah, tem algo melhor sim. — Nathalie morde o lábio.
O jovem piloto a encara, tentado, com um sorriso quase rendido para a garota ruiva.
— Mais tarde. — Ele sibila, com o olhar de quem prometia muito mais do que ela havia pedido.
Nathalie sorriu, deixando ser guiada para lugares mais específicos do clube movimentado.
A garota ouviu seu nome diversas vezes durante a noite, e somente Oscar era capaz de realmente lhe fazer prestar atenção em qualquer coisa.
Ela só percebeu que tinha passado do ponto quando assinou alguma coisa, e sua visão turva foi um problema para que ela acertasse o movimento com a caneta.
Acordou atordoada na cama de hotel vazia, tal qual uma criança que adormece no sofá e acorda no quarto. Vagou o olhar pelas quatro paredes e não viu Oscar em lugar nenhum, e então começa a sentir uma latente dor de cabeça.
Como se pudesse sentir Nathalie acordada, quase trinta segundos depois, Oscar aparece no quarto com uma xícara de chá e torradas com geleia de morango em uma bandeja.
Nathalie olha para ele com um biquinho.
— Obrigada. — Ela murmura, abrindo um sorriso quase feliz.
— Como se sente? — Oscar se apressa para sentar ao lado dela e arrumar os fios rebeldes que caiam pelo rosto pequeno.
— De ressaca. — Ela responde e ele ri, pousando uma mão na sua costa. — E minha cabeça dói.
— Coma tudo e depois passamos em uma farmácia no caminho do aeroporto. — Ele diz, antes de sair da cama, em direção as malas.
Nathalie observa ele abrir a sua mala e procurar alguma coisa.
— Confia em mim para escolher a sua roupa? — Ele pergunta, concentrado em procurar as peças.
— Não custa tentar. — Nathalie responde, devorando uma nova torrada e bebericando o chá escuro.
Oscar retira e analisa algumas peças que, na mente dele, combinariam. Mas isso demorou bem mais do que o esperado.
— Você ainda não usou isso comigo. — Oscar comenta, chamando a atenção de Nathalie para si.
Ela retira os olhos da janela e observa o garoto no outro lado do quarto, segurando uma lingerie de renda preta nas mãos.
Nathalie enrubesce violentamente.
— Oscar! — Ela diz, com os olhos arregalados.
O garoto solta uma risada divertida e continua a procurar mais e mais roupas. Ficou cerca de dez minutos a procura de algo que gostaria de ver em Nathalie.
Era um vestido delicado para o dia a dia, branco e com cerejas estampadas. Escolheu um par de tênis brancos e óculos escuros, um charme pessoal que a Raikkonen herdou do pai.
— Nada mal. — Nathalie comenta, antes de partirem para um banho quente e arrumarem as coisas para a viagem para a casa dos pais dela.
As mãos gentis de Oscar a guiavam a todo momento, mantendo Nathalie próxima de si sempre que podia. Tinha uma necessidade quase estranha de estar sempre em contato com ela, e essa era a sua maneira de demonstrar aquilo que não sabia dizer.
Nathalie, por sua vez, não negava a o constante toque de Oscar sobre si, sentindo-se protegida sempre que estava perto dele.
Ele se certificou de que ela tomasse os remédios para enxaqueca antes de entrar no avião, e não se surpreendeu quando ela adormeceu em um segundo de silêncio entre uma conversa.
Pensou se isso seria algo estranho se alguém visse, mas ele arrancou um pequeno fio solto em uma bolsa e mão, e envolveu ao redor do anelar da garota adormecida.
Ele cortou o que sobrou o fio e o guardou no bolso, vendo Nathalie remexer-se no assento ao seu lado. Admirou a garota por um longo tempo.
Tinha certeza do que precisava fazer.
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⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.
Fanfiction⊹¹⁸ ⁝ Quando uma Raikkonen decide atormentar a vida de Oscar Piastri, sendo a sua nova companheira de equipe. O que pensar sobre uma relação de ódio mútuo, que se torna em algo muito mais forte? 🥇 ⁝ ¹° formulaone ⁝ ²³'¹⁰ 🥇 ⁝ ¹° hate ⁝ ⁰⁷'⁰⁹ 🥈 ⁝...