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— Mas a pergunta que não quer calar... — A voz de Daniel Ricciardo sobressai na roda de amigos. — Como fica a competição?

Nathalie e Oscar se encaram, segurando as taças com champagne nas mãos.

Eles sorriram um para o outro, olharam para os amigos e deram de ombros.

Sabiam que, no fundo, a competição não tinha acabado, porque essa era a vida deles.

Essa era a dinâmica principal: a tensão da competição, em tentar sobrepor as habilidades um do outro na pista.

Fora, eram amantes.

Dentro, eram jogadores.

— Não tem como ter dois campeões. — Nathalie diz, sorrindo. — E eu estou lá para isso, ser campeã.

Todos reagem em surpresa com a constatação determinada de Nathalie. Estava focada dentro das pistas, e mesmo que seu amor por Oscar fosse imensurável, ser campeã do mundo era um dos pedidos que fez em algum outro aniversário.

Os olhares voltam para Oscar, que observava a namorada com um sorriso divertido no rosto.

— Um campeonato é um campeonato. — Ele ergue a taça. — À novas alianças.

Nathalie ergue sua taça elegantemente, com o cristal brilhando em seu anelar, um toque especial.

Os vidros tilintam em um brinde singelo, comemorando um começo — ou talvez um recomeço. O primeiro capítulo de uma história já escrita aconteceu em um clube de Kart, quando os dois eram pequenos demais para entender como o destino funcionava.

Isso era apenas o começo, e eles celebravam isso com vigor.

...

Nathalie expirou e esticou o próprio corpo ao sair do avião, acompanhada de seu namorado.

Faltando duas semanas para o fim do recesso de verão, e eles decidiram que era uma boa ideia aproveitarem o tempo restante juntos.

Para ambos, era algo que tinham que se acostumar durante os primeiros dois dias. Estar livre das obrigações com a mídia e o trabalho não era algo que faziam com frequência.

Borrifos de água salgada e cristalina atingiam seus rostos, e as mãos ágeis de Oscar manobravam o volante do barco em direção as ilhas verdes.

— Vou ter que me acostumar com isso? — Nathalie brinca, abraçando Oscar por trás.

Ele ri, acariciando o braço dela com a mão livre. Por mais que Nathalie não estava habituada com momentos assim, era tudo mais fácil se Oscar estivesse junto dela.

Eram dois, mas também eram um, e isso se tornava uma dinâmica cada vez mais confortável com o passar dos dias.

— Vai. — Ele responde. — E não só nos recessos.

Ela abraça ele com mais força, e fica em um dos assentos do barco admirando o brilho do sol nas águas azuis, através dos óculos escuros.

Atracaram em um deck de madeira escura no final da tarde, com o céu em uma imensidão vasta de laranja e roxo.

Nathalie ri, caminhando ao lado de Oscar, que insistiu em carregar todas as malas sozinho.

Ela observou, encostada na soleira de uma das portas da casa iluminada, até que ele terminasse o que estava fazendo. Os cômodos eram aconchegantes, e ela conseguia ouvir o som de uma cachoeira há metros de distância.

— Estamos perto de um vilarejo. — Oscar comenta, guiando ela para o quarto que dava acesso ao terraço.

A casa era decorada em madeira escura perfeitamente polida, e tons creme. O terraço não era diferente, preenchido com cadeiras e uma jacuzzi em funcionamento. Ela demora o olhar nas leds azuis na água borbulhante.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora