²⁸.

1.7K 143 91
                                    

Oscar Piastri envolvia o corpo de Nathalie em seus braços como se um instinto dentro de si dependesse disso.

Tinha certeza de que era ela.

Nathalie fechou os olhos, amaranhada do abraço acolhedor de Oscar, enquanto lágrimas silenciosas escorriam pelas bochechas rosadas.

Pensavam se isso era o destino pregando uma peça, ou uma coincidência elaborada perfeitamente.

Ou como se houvesse uma linha invisível o tempo todo.

Minutos se passavam e eles permaneciam emaranhados, Oscar afagando os cabelos de Nathalie, como se tocasse contra o movimento de uma cascata vermelha.

— Feliz aniversário. — Ele murmura, soltando dela e olhando para o relógio digital na escrivaninha.

Nathalie sorriu, recebendo um selar de lábios com ternura.

Então uma memória lhe atingiu novamente, dessa vez como um pequeno lembrete feliz.

O pedido que ela fez no seu aniversário de cinco anos foi concedido.

Oscar estava irritantemente lindo, com a camisa branca amarrotando e os cabelos loiros escurecidos sob a luz fraca. Ele abre o sorriso de coelho, mais doce do que qualquer coisa que já viu.

Ela tinha de aproveitar o momento, esticou as mãos para a gaveta semi-aberta da escrivaninha e agarrou a sua câmera digital roxa.

Aponta para Oscar e ele faz uma careta engraçada enquanto segura um ursinho de pelúcia, e tira mais uma com seu rosto ao lado dele.

Eles se olham, com aquela sensação do sangue correr rapidamente pelas veias, do enrugar de ombros, de pertencer, das fotos digitais estouradas e saturadas.

Dos olhos castanhos como tardes tempestuosas a encontrar o azul-céu, vivo como o verão.

Eram como um raio de sol em meio à uma tarde chuvosa, ou a quantidade certa de gotículas de água para ser possível ver um arco-íris.

Deitaram-se, lado à lado, como se pudessem ver estrelas através do teto branco.

— Estamos virando um filme clichê. — Nathalie murmura.

Oscar fecha os olhos, parecendo um felino sonolento, apesar da inquietação interna.

— Eu costumava odiar clichês. — Ele responde. — Mas eu quero um com você, Nathalie Raikkonen.

Ela sorri, como se estivesse vendo ele pela primeira vez. Como se ele fosse o garotinho falando com a garotinha.

Nathalie se aproxima dele na cama, deitando de lado para ver o rosto dele melhor.

— Eu adoraria viver um clichê com você.

— Bom. — Ele murmura, arrastando suavemente a ponta dos dedos no rosto dela. — Você não tem outra escolha, de qualquer jeito.

— Não é como se outra escolha fosse melhor que isso.

Oscar sorri, subindo em Nathalie.

— Deixe-me te dar o primeiro presente do dia. — Ele murmura, beijando a mandíbula afiada da garota, e descendo os beijos até a base do seu pescoço.

Nathalie sorria porque não negaria um presente como este, e sorria ainda mais por não precisar preocupar-se com o barulho. A casa dos Raikkonen era grande o suficiente para que uma caminhada da cozinha até a sala de estar fosse um aquecimento.

Os beijos ágeis de Oscar queimam contra a pele de Nathalie, que ansiava casa vez mais para que as coisas fossem além. Ele parecia concentrado no que fazia, afastando as pernas de Nathalie para os lados, e se posicionando entre elas, gostando do que vê por baixo do vestido leve.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora